“Este é um momento terrivelmente triste”, lamentou Manuel José à chegada ao aeroporto Francisco Sá Carneiro. Aos 65 anos, o treinador português chegou a repensar os seus planos futuros, mas acabaria por confirmar aos jornalistas que já tinha o regresso para o Egito marcado para dia 16 de fevereiro: “Nem sequer consultei a família sobre isso. A minha mulher estará comigo qualquer que seja a minha decisão. Já quando foi da revolução [revolta popular no Egito e queda do presidente Hosni Mubarak, em 2011] eu disse-lhe para ela vir para Portugal, e ela quis ficar
ao meu lado. Ficámos lá os dois.”
O treinador, de 65 anos, quer dessa forma homenagear as pessoas que morreram durante a batalha campal que se verificou após o jogo entre a sua equipa, o Al-Ahly, e o Al-Masri, no dia 1 de fevereiro, que resultou numa tragédia: mais de 70 mortos e 150 feridos. “Tenho uma relação fortíssima com o clube e com o povo egípcio, que é simpático, afetivo, tranquilo, generoso. Não é um povo agressivo. Acho que o futebol deve continuar, até como homenagem às pessoas que morreram, e muitos deles eram garotos com 15 e 16 anos. Eles têm uma paixão incrível pelo clube, e nós temos que honrar essa paixão continuando o nosso trabalho e fazendo o clube maior ainda do já era”, concluiu Manuel José.
Depois da tragédia no Egito, Manuel José regressa ao Porto com a mulher
A tragédia em que culminou um jogo da equipa que treina no Egito, e que resultou em 70 mortos, trouxe Manuel José de volta a Portugal com a mulher, Eugénia Taborda, mas o regresso ao Cairo está já marcado para dia 16.