No dia em que apresentou a terceira série do programa Príncipes do Nada, no Centro de Acolhimento do Conselho Português para os Refugiados, na Bobadela, Catarina Furtado estava emocionada, e por duas razões: por um lado, daí a dois dias partia novamente, desta vez para a Índia, por outro, porque recordou os dias emocionalmente exigentes que passou em Moçambique, no Haiti e no Sudão. Experiências que partilha com o público há sete anos e que a têm tornado uma mulher diferente: “Só posso estar mudada ao ver meninas com a idade da minha filha serem violadas… Talvez me tenha tornado mais fechada, pois há coisas que se vive e que nem se consegue bem explicar. Apesar do que vejo e sofro, sou uma privilegiada, pois tenho a oportunidade de mostrar como é que a outra grande parte do mundo vive e seria um egoísmo se não o fizesse.”
A apresentadora garantiu ainda que a experiência que tem vivido através deste programa a tornou uma educadora diferente para os seus filhos, Beatriz e João Maria, fruto do seu casamento com João Reis: “Fiquei mais exigente. A minha educação foi muito pedagógica e sempre recebi valores de cidadania e essa é uma das razões por que faço este programa, pois acredito na educação pela cidadania e acredito que todos nós podemos dar à luz seres mais responsáveis. Sinto que hoje em dia o esforço tem de ser redobrado, pois as nossas crianças têm uma vida fácil. Temos de estar muito atentos à educação dos nossos filhos e eu sou muito rígida com eles.”
Catarina Furtado: “Sou muito rígida na educação dos meus filhos”
Dias antes de partir para a Índia para preparar mais uma edição de ‘Príncipes do Nada’, Catarina apresentou a terceira série do programa e contou como esta experiência
a tornou diferente.