O nascimento de Lara dos Santos Pinto Coelho, no passado dia 1 de setembro, às 19h27, com 4,190kg e 51cm, veio transformar a vida de Daiana e Manuel Pinto Coelho. Casados há nove anos, o médico, de 68 anos, e a gestora, de 34, estão absolutamente rendidos à bebé, para quem não se cansam de olhar com um enorme sentimento de orgulho e de amor infinito.
O médico, que se tem dedicado à medicina antienvelhecimento, recebeu a CARAS na sua casa, em Cascais, para nos contar como tem vivido a experiência da paternidade 37 anos depois do nascimento do mais novo dos seus outros quatro filhos: Bernardo, de 43 anos, Filipa, de 41, Marta, de 40, e Manuel, de 37. E de uma coisa tem a certeza: não fosse a preocupação com a doença do filho mais velho [Bernardo sofre de uma doença degenerativa, esclerose lateral amiotrófica, conhecida por E.L.A.], e a sua vida seria absolutamente perfeita.
– A Lara estava prevista?
Manuel – Desde que a Daiana e eu nos conhecemos que estava previsto que pudesse acontecer. Já tinha arquivado esse sonho de voltar a ser pai e, como é óbvio, o nascimento dela foi uma alegria muito grande.
– Como têm sido estes primeiros dois meses?
Daiana – Maravilhosos. A maternidade não é fácil para marinheiros de primeira viagem. Todos os dias são uma descoberta de amor e de superação. Acho que todas as mulheres devem ser mães. Sempre fui muito independente e nunca fez parte dos meus planos ter filhos. Queria ter uma vida livre para viajar e fazer os meus negócios… Mas a verdade é que a partir do momento em que somos mães, renascemos. Quando deixei a maternidade, nasceu uma nova Daiana e estou a adorar cada momento. Nos primeiros dias cheguei a dizer ao Manuel que não queria ter mais filhos, mas hoje já penso que vou sentir falta deste cheirinho.
Manuel – Eu até sou um rapaz novo, porque não ir até um sexto filho? [risos]
– Se para a Daiana é tudo novo, para o Manuel não é a primeira viagem. Encara tudo com maior tranquilidade?
– Tenho a cabeça mais tranquila do que tinha nas outras quatro viagens. Como tal, talvez desta vez consiga estar mais presente e ser melhor pai do que fui para os meus outros filhos. Acho isto tudo que está a acontecer um milagre. Se não tivesse um problema com o meu filho Bernardo, diria: se quer saber o que é o paraíso, pergunte-me. Porque o que está a acontecer é extraordinário. Está a ser uma descoberta também para mim, porque já não me lembrava como isto era. Posso ter boa memória, mas o último bebé que tive foi há 37 anos, pelo que estou a vivenciar tudo isto quase como pela primeira vez.
– E mais presente também?
– Sim, embora em circunstâncias completamente diferentes, pois trabalho que me desunho e, como tal, chego a casa cansado. Apetecia-me não chegar cansado para poder estar mais tempo com a Lara, mas também preciso de dormir, o descanso é fundamental. É um problema que tenho para resolver.
Daiana – Mas o pouco tempo que ele tem faz questão de estar com ela. Chega a casa, troca para uma roupa mais confortável, e pede-me a filha para dar mimos.
– Os anos passam e o Manuel continua a dar passos gigantes.
– Uma das estratégias para chegar novo a velho é precisamente ter objetivos de vida.
– E os seus são sempre em grande?
– Vou tendo a sorte de ter criado alguns e, graças a Deus, ter conseguido alcançá-los. Têm sido possíveis e razoáveis. Além de ter mudado a clínica para Lisboa, e de ter lançado o livro Chegar Novo a Velho, que fez um enorme sucesso, agora irei apresentar um segundo livro, pois achei que fazia sentido complementar a informação do primeiro com um livro de receitas, ou não fosse o alimento o nosso principal remédio, tal como dizia o pai da medicina moderna.
Manuel Pinto Coelho: “Quero ser melhor pai do que fui para os outros quatro”
O médico, de 68 anos, e a mulher, Daiana, de 34, abriram as portas de sua casa para nos apresentar a filha, Lara, de dois meses.
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