No passado sábado, dia 17, algumas horas depois de ter deflagrado o terrível incêndio que devastou a região de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se ao local. E não disfarçou as emoções que estava a sentir. Depois de dar um abraço ao secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, e outro ao presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, Valdemar Ramos, o Presidente da República tentou consolar as famílias das vítimas e confortar os que ficaram desalojados. “A nossa dor neste momento não tem medida. Como não tem medida a nossa solidariedade. A solidariedade para com os familiares das vítimas da tragédia de Pedrógão Grande. Uma só morte em tais circunstâncias é sempre uma tragédia. Tantas dezenas de mortes representam uma tragédia quase sem precedentes na história do Portugal democrático. Esta é uma hora de dor, mas também de combate, de resistência, de ânimo renovado e redobrado”, frisou aos jornalistas presentes.
Naturalmente, o Presidente teve também palavras especiais para todos aqueles que combateram as chamas e socorreram as vítimas: “Para bombeiros, Proteção Civil, INEM, GNR, PJ, Forças Armadas, autarquias locais, estruturas de saúde e sociais, povo anónimo… a nossa ilimitada gratidão, o nosso incondicional apoio.”
Depois de, no domingo, ter decretado três dias de luto nacional, na segunda-feira Marcelo regressou ao local, onde, ao final da tarde desse dia, à hora de fecho desta edição, ainda havia quatro frentes ativas e o número de vítimas mortais ascendia já a 64.
Marcelo Rebelo de Sousa: “A nossa dor neste momento não tem medida”
O Presidente da República acompanhou no local a tragédia de Pedrógão Grande.