Como muitas crianças, José Condessa queria ser ator e jogador de futebol. Mas se para a maior parte estes são desejos que não se concretizam, para ele foram escolhas certeiras, sustentadas por um talento reconhecido pelos seus pares. Dentro dos relvados, jogou pelo Sport Lisboa e Benfica e chegou à seleção no seu escalão. Nos palcos, estreou-se com um pequeno monólogo, aos cinco anos, e no final da adolescência deu o salto para a televisão. Mesmo tendo tentado conciliar as suas duas paixões, o ator teve de optar, e, aí, a representação levou a melhor. Terminou o curso na Escola Profissional de Teatro de Cascais, entrou para o Conservatório e tem sido sempre solicitado, estando atualmente a gravar a segunda temporada da novela da TVI A Herdeira e a preparar-se para mais uma peça de teatro.
Se na representação José se tem destacado, na vida de todos os dias é um rapaz igual aos outros: mora com os pais, continua a gostar de jogar futebol e adora estar com os amigos. Além disso, assegura, é “solteiro e bom rapaz”.
Numa tarde passada no Teatro da Trindade, o jovem ator, de 20 anos, conversou com a CARAS e mostrou que por detrás da aparência de rapaz certinho há, afinal, um rebelde que se atira de cabeça a tudo aquilo que faz.
Sempre quis ser ator ou teve outros sonhos?
Sempre me senti atraído pela representação, tal como pelo futebol. Essas foram as minhas grandes paixões. Eram duas atividades extracurriculares que para mim sempre foram muito mais do que hobbies. Tentei conciliar as duas, mas depois tive mesmo de optar pela representação.
E tinha realmente talento para o futebol?
Sim. Jogava no Benfica e cheguei à seleção. Depois, passei para o futsal, para poder conciliar com os estudos em Cascais. Mas acabei por desistir.
Parece que dá sempre o seu melhor em tudo o que faz…
Os meus pais transmitiram-me a importância de fazermos bem aquilo a que nos propomos. Exijo sempre um pouco mais de mim. Sou competitivo comigo e com os outros. Para mim, a competição é algo saudável, porque nos faz querer ser sempre melhores.
É um ator que sonha alto?
Vou avançando passo a passo, e é assim que realizo os meus sonhos. Vou conhecendo pessoas que me abrem os horizontes. Sou curioso e quero saber um pouco de tudo.
Hoje é um ator profissional, mas continua muito ligado ao teatro amador, que foi onde começou, com apenas cinco anos. É importante não se esquecer de onde veio?
Aprendi muito no teatro amador. Lá, sinto-me em família e em casa. Nestes grupos amadores convivemos com pessoas muito diferentes e há uma grande partilha de conhecimentos. Foi no teatro que aprendi um pouco de sonoplastia ou de montagens e desmontagens de cena. Continuo a sentir vontade de estar com aquelas pessoas.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1177 da revista CARAS.
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