Apresentadora do programa Consultório, do Porto Canal, Débora Sá, de 32 anos, e o marido, o médico dentista André Pedrosa, de 38, esperam o seu primeiro filho para o final de maio. Um bebé muito desejado, como nos disseram quando nos receberam em sua casa, em Vila Nova de Gaia.
– A vossa história tem graça, porque, apesar de serem ambos do Porto e de terem uma série de coincidências, só se conheceram em Lisboa…
Débora Sá – É verdade. Os nossos melhores amigos são irmãos, a clínica do André fica a cinco minutos da minha antiga casa, mas nunca nos tínhamos visto. Até que, há seis anos, fomos apresentados no NOS Alive por amigos comuns. Passado pouco tempo começámos a namorar e nunca mais nos largámos. Na altura, eu morava em Lisboa, mas tudo se desenvolveu naturalmente.
– Foi viver para Lisboa por motivos de trabalho?
– Depois do curso de Jornalismo, fui para Lisboa estagiar na TVI e depois só consegui trabalho lá e fiquei três ou quatro anos. Mas foi muito difícil estar longe da família, sentia saudades do Porto. Por isso despedi-me e, mesmo sem ter trabalho no Porto, voltei. Já namorava com o André há um ano e começámos a viver juntos. Entretanto, em 2015, consegui trabalho no Porto Canal como apresentadora do Consultório, e seis meses depois convidaram-me para fazer o Grandes Manhãs, com o Ricardo Couto. Foi um desafio muito intenso e gratificante. Entretanto, essa temporada terminou e eu voltei para o Consultório, com um novo formato. Gosto bastante do programa, é mais à minha imagem. Faço uma hora e meia em direto, todos os dias, e tenho como convidados vários médicos, de acordo com o tema. É muito interessante e útil para as pessoas.
– E que outros projetos gostaria de fazer em televisão?
– Sinto-me muito bem no Porto Canal, tenho tido excelentes oportunidades, mas neste momento, mais do que pensar em novos projetos, quero concentrar-me no que estou a viver pessoalmente: uma gravidez muito desejada. E quem sabe possa voltar a fazer entretenimento no futuro?
– Curiosamente, a apresentadora de Consultório é casada com um médico…
André Pedrosa – Pois, sou licenciado em Medicina Dentária e tenho uma clínica em Santa Maria da Feira. Naturalmente, eu e a Débora conversamos imenso sobre os temas que ela aborda no programa.
– Após seis anos de relação, estão à espera do vosso primeiro filho. Foi um bebé desejado?
Débora – Já esperávamos este filho há algum tempo. Demorou a vir, mas acho que aconteceu na altura certa. Quando fazia o Grandes Manhãs, tinha uma rotina complicada, com muito stress, e o facto de não conseguir engravidar foi complicado. Estivemos quase a esquecer o assunto quando finalmente aconteceu. O André ficou superfeliz, eu corri para os livros de gravidez e comecei a ler sobre o que iria acontecer a seguir. Digamos que a minha reação foi mais estranha, fui apanhada de surpresa.
– E como tem corrido a gravidez?
– Os primeiros três meses foram atribulados, sentia-me doente, com náuseas e enjoos, mas depois passou e tem sido muito bom. Estou a gostar muito desta fase. Continuo a fazer pilates, as caminhadas normais para passear o nosso cão, o Django, e já comecei a ter aulas de preparação para o parto. E o peso que tenho a mais é do bebé, não engordei além do que é normal. Sempre tive cuidado com a alimentação, eu e o André somos bastante regrados no dia a dia.
– Como é que a vossa família reagiu à notícia?
– Muito bem. Vai ser o primeiro neto dos nossos pais, o primeiro sobrinho… A expectativa é grande.
– Estão à espera de um rapaz. Ficaram felizes ou teriam preferido uma menina?
– Foi uma alegria muito grande, o André sempre quis um rapaz, para fazer desporto com ele. Eu, no meu íntimo, já sabia que ia ser rapaz, mas só peço é que tenha muita saúde. É um cliché, mas é mesmo assim.
André – Eu fiquei muito contente, sempre quis ser pai de um menino, para ir ao Estádio do Dragão ver o Porto e para jogar padel.
– O vosso filho irá chamar-me André em homenagem ao pai?
Débora – Não foi nada fácil escolher o nome. Fizemos uma lista, havia alguns nomes em comum, mas não chegávamos a nenhuma conclusão. Eu queria Lourenço e a certa altura juntámos o nome do pai e ficou André Lourenço.
– E já têm a casa pronta para o receber?
– Sim, ele já tem o quartinho pronto. Está bastante simples, ao nosso gosto, mas acho que está muito bonito e acolhedor.
– Faltam dois meses e meio para ele nascer. Já sente vontade de o ter nos braços?
– Ainda preciso de tempo. A natureza é muito inteligente, estes nove meses são bem precisos para os pais se prepararem. Mas às vezes penso nisso, no momento em que o irei ter nos meus braços. Acho que é normal sentir essa ansiedade, principalmente à noite, quando ele se começa a mexer, a dar pontapés, e eu acho que ele pode nascer a qualquer momento. A verdade é que este é um filho muito desejado, a concretização de um sonho. Quem me conhece sabe que nunca sonhei casar-me. O meu sonho de vida sempre foi ser mãe. Têm sido meses muito felizes. Estou em estado de graça e é muito bom sentir a felicidade das pessoas à nossa volta.
– O facto de o André ter conhecimentos de medicina dá-lhe mais segurança?
– Claro, recorro ao André sempre que tenho dúvidas, não só na gravidez, mas também no meu trabalho. Quando estou a preparar o Consultório, o André ajuda-me sempre que preciso. Mas, mais do que o parto, assusta-me ter um bebé indefeso, com poucos dias de vida, em casa.
– Diz que nunca sonhou casar-se, mas agora que vão ter um filho não vos faz sentido oficializar a relação?
– Não pensamos nisso, acho que não ia mudar nada.
André – É como se já fôssemos casados. Acho que passou o tempo de pensarmos nisso. Houve uma altura em que ponderámos, mas já não faz sentido. A Débora é a minha mulher, não a vejo como minha namorada.
– Já falam sobre a educação do vosso filho? Que princípios e valores lhe querem incutir?
Débora – Não sei que tipo de bebé estou a gerar, mas tenho uma certeza: vamos conseguir educar e formar uma pessoa simples e despretensiosa.
– E pensam ter mais filhos?
André – Gostávamos de ter dois filhos, mas vamos ver como corre.
Débora – Eu gostava de uma família grande.
fotos: Joaquim Norte Sousa; maquilhagem: Lucília Lara
Débora Sá a dois meses de ser mãe “é um filho muito desejado”
O casal vive numa moradia em frente à praia, em Vila Nova de Gaia. Django, um “weimaraner” de três anos, é o fiel companheiro de Débora e André, que esperam o primeiro filho para maio.