O passado dia 16 de junho marcou a quinta visita de Angelina Jolie, conhecida pela sua veia humanitária, ao Iraque, numa parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Cerca de um ano após ter sido libertada da ocupação Islâmica, a cidade visitada pela atriz, Mossul, apresentou um cenário que a chocou. “Esta é a pior devastação que eu já vi em todos os anos de trabalho com o ACNUR. As pessoas perderam tudo, os seus lares estão destruídos. Estão desamparados“, disse ao sair da destruída Grande Mesquita de Al-Nuri.
A artista falou sobre as carências da população, denunciando a falta de medicamentos, água ou mesmo saneamento básico. “Eles ainda estão rodeados de corpos. Após o trauma inimaginável da ocupação, estão a tentar reconstruir as suas casas, com pouca ou nenhuma assistência“, referiu. “É profundamente revoltante saber que pessoas que passaram por tamanha brutalidade têm tão pouco enquanto tentam, de alguma forma, reconstruir as vidas que um dia tiveram“, acrescentou.
Este, que foi considerado pela ONU um dos maiores conflitos urbanos desde a II Guerra Mundial, deixou muitos traumatizados, incluindo algumas crianças com as quais Angelina teve a oportunidade de falar, que lhe revelaram ter visto pessoas mortas, ter medo de sair de casa, bem como o desejo de voltar à escola. No fundo, todo o clima de terror que ainda não se desvaneceu.