Quando assistiu, em Madrid, à peça Os Vizinhos de Cima, com a sua mulher, Anna Westerlund, Pedro Lima percebeu de imediato que aquele texto tinha de ser “seu”. “Estou ligado a este texto desde a sua génese. Li-o sem preocupações de decorar, fui fazendo tudo com calma, e isto tudo começou há um ano. Esta é, sem dúvida, a peça de teatro com maior êxito que alguma vez fiz, já que está esgotada desde a estreia. Talvez porque é uma peça que nos diz muito a todos, pois põe as pessoas a pensar por que razão estão juntas”, explicou o ator.
E na altura já sabia com quem gostaria de partilhar o palco: Fernanda Serrano, Ana Brito e Cunha e Rui Melo. “Não é comum encontrar quatro atores que tenham uma noção tão forte de família e que saibam muito bem que os casamentos têm altos e baixos, muitos momentos de alegria. De facto, há períodos muito desafiantes na vida a dois e todos nós temos muita sensibilidade em relação aos temas abordados aqui, e acho que isso também ajuda em palco”, referiu Pedro.
Apesar de ser um apaixonado por teatro, o ator não tem preferências na sua forma de fazer arte: “Eu gosto é de fazer coisas boas, bem acompanhado, e, sobretudo, cumprir a função do artista, que é a de tocar o coração das pessoas, questioná-las, provocá-las, recuperar algumas memórias. E esperar que levem essas questões para casa, de forma a que isso as inspire e estimule a perceberem outras coisas.”
Pedro Lima: “gosto de tocar o coração das pessoas, de questioná-las”
O ator está em cena no Teatro Villaret com “Os Vizinhos de Cima”, uma peça que lhe é muito querida.
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