Maria Botelho Moniz foi convidada de Alta Definição, programa em que falou abertamente sobre a sua vida e, em particular, um episódio muito marcante: a morte do namorado, Salvador Quintela, e 2014.
Depois de 10 anos de relação e a partilhar já a mesma casa, juntos programaram casar naquele ano. Maria Botelho Moniz não esconde que era Salvador, com quem iria casar meses depois, que imaginava ter filhos. Foi com a morte do namorado que se viu obrigada a erguer-se sozinha. “Tu tens de saber estar de pé sem te ‘encostares’. É muito bom ter onde nos encostarmos, mas temos de saber viver sem isso”, confessou entre lágrimas.
Daquilo que diz ter mais saudades é “ter alguém que conhece os meus segredos”, uma verdadeira alma gémea, alguém que completa. A apresentadora de televisão recordou ainda o pai, falecido em abril 2018.
Para Maria Botelho Moniz, muitos foram os que sofreram a perda, já que tem outros cinco irmãos, e por isso existiu sempre muita compreensão da dor vivida. Contudo, e em relação ao desaparecimento de Salvador, garante, a sua dor é distinta daquela que viveram os amigos, os irmãos ou os pais.
Recordando essa noite, lembra-se de, por volta das 5 da manhã, ter sentido uma dor muito forte no peito. Telefonou várias vezes para o namorado, que a essa hora já deveria estar em casa, e foi atendida por um polícia. Só já numa segunda chamada um médico que lhe disse ter feito tudo o que era possível para o salvar, mas não havia conseguido. Sem perceber, Maria Botelho Moniz diz ter ficado atordoada, sem perceber a notícia que acabava de receber. A partir daí disse que “só queria a mãe”, peça fundamental em todo o processo.
A culpa vivida fê-la perder a vontade de rir mas hoje, anos mais tarde, percebeu ter “o direito de ser feliz”.