Desde que participou no programa Operação Triunfo, há 11 anos, Ricardo Soler nunca mais parou de cantar. De palco em palco, foi-se tornando uma cara conhecida do público, que sempre lhe reconheceu o talento e a versatilidade. Com os pés bem assentes no chão – uma qualidade que nunca lhe reduziu os sonhos, mas que sempre o manteve focado –, o músico foi conciliando a vida artística com a enfermagem, outra vocação que nunca foi encarada como plano B.
Sem ter equacionado uma carreira além-fronteiras, Ricardo pisou um dos palcos mais internacionais do mundo ao integrar a comitiva da Áustria no Festival Eurovisão da Canção, que se realizou em Lisboa, em maio de 2018. Em pleno Altice Arena, o artista fez coros para um cantor de outra nacionalidade, mas sentiu que honrou as cores nacionais, tendo constituído uma experiência que o marcou profundamente. Apesar de o microfone ter sido sempre o seu companheiro de eleição, Ricardo descobriu no teatro musical uma arte que o realiza por completo, como se pode ver na forma como leva à cena o desastrado e divertido cavaleiro Artur no musical Rapunzel, em exibição no Teatro Politeama.
Numa manhã passada no restaurante Beco – Cabaret Gourmet, o artista e enfermeiro, de 33 anos, vestiu a pele de one-man show e revelou à CARAS as paixões que o movem e que liberta em cima do palco.
– Ricardo, para si, que é um homem do espetáculo, “a vida é um cabaré”?
Ricardo Soler – Sim. A vida é um espetáculo, por isso devemos aproveitá-la ao máximo. Temos de agarrar todas as oportunidades, que é o que tenho feito ao longo da minha carreira, que já tem 11 anos.
– Em maio teve uma das grandes oportunidades da sua carreira ao trabalhar com a equipa que representou a Áustria no Festival Eurovisão da Canção. Como descreve essa experiência?
– Foi um convite que me fizeram diretamente. Antes de virem as delegações, estava a fazer uns ensaios de substituição e alguém da comitiva da Áustria viu-me e contactou-me para fazer coros. Aceitei, porque era uma oportunidade de participar na Eurovisão e de honrar o meu país.
– Encara esta experiência como uma oportunidade para começar uma carreira internacional?
– A Eurovisão serviu para ficar com vários contactos, mas confesso que não penso numa carreira internacional. Quero entreter os portugueses.
Ricardo Soler assegura: “A música liberta-me da minha timidez”
O artista partilhou com a CARAS as paixões que o movem e os sonhos que quer concretizar.