Mario Vargas Llosa apresentou em Madrid o documentário Mario e os cães, que conta a história da infância violenta vivida pelo autor peruano e explica os motivos que o levaram a tornar-se escritor.
No evento, Vargas Llosa fez-se acompanhar pela namorada, Isabel Preysler. O documentário fala sobre a infância difiícil que o autor viveu. Cresceu acreditando que o seu pai estava morto e, a certa altura, descobriu que não era verdade. Foi assim que foi obrigado a conviver com um homem que se veio a revelar violento, que gritava com ele, batia-lhe e ameaçava-o.
“Foi um refúgio onde podia viver outras vidas”, explicou o autor, sobre o motivo pelo qual começou a escrever. O interesse pelos livros teve início na infância, mas tornou-se mais sério já na adolescência, numa altura em que o pai o inscreveu numa escola militar, para afastá-lo da escrita. “Pensou que um colégio militar me ia afastar da vocação literária, que era o que ele mais temia. Acabou por me fazer viver as experiências com que escrevi o meu primeiro romance”, explicou Vargas Llosa.
Mario e os cães incide sobre os primeiros 26 anos de vida do escritor, a sua saída do Perú, o período que viveu em Espanha, durante a ditadura, e o tempo que esteve em Paris, que se tornou marcante na sua vida. Foi ali que chegou com o seu primeiro manuscrito, A cidade e os cães.
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