Jennifer Aniston deu uma entrevista à Variety’s Power Of Women, na qual falou sobre a relação complicada que teve com Harvey Weinstein. A atriz recorda um episódio em particular, o dia em que o produtor lhe pediu para usar um vestido da Marchesa, uma marca detida pela então sua mulher, Georgina Chapman.
“Lembro-em quando a linha de roupa da Georgina estava a começar. Foi nessa altura que foi visitar-me a Londres enquanto estávamos em gravações e disse-me ‘Gostava que usasses um destes para a estreia'”, começou por contar Aniston. “Vi o catálogo e nesse momento a marca não era o que é hoje, não era para mim”, continuou. “Ele disse-me: ‘Tens que usar o vestido’. Esse foi o meu único episódio de bullying”, partilhou ainda a atriz, revelando que foi firme na resposta. “Não, não vou usar o vestido”, concluiu.
De salientar que quando rebentou o escândalo de Weinstein, que foi acusado de assédio sexual por um sem número de mulheres, as peças de Marchesa desapareceram das passadeiras vermelhas. Pouco depois, Georgina anunciava que estava divorciada do produtor e foi Scarlett Johansson quem se atreveu a usar novamente uma peça daquela marca. Foi durante uma gala do Metropolitan Museum, de Nova Iorque que a atriz revelou ser “um prazer apoiar uma marca criada por duas designers tão importantes e talentosas”. “As suas roupas transmitem confiança e beleza às mulheres”, acrescentou ainda.
Jennifer Aniston revelou também que o produtor teve um péssimo comportamento na estreia de Fora de Rumo, de 2005. “Recordo que estava sentada à mesa com o Clive [Owen], os nossos produtores e um amigo meu. Ele [Weinstein] veio para a mesa e disse ao meu amigo ‘Levanta-te'”, contou. “Eu pensei ‘Oh meu Deus”, acrescentou, mostrando que ficou bastante desconfortável com a situação. “O meu amigo levantou-se e trocou de sítio e o Harvey sentou-se. Era um autêntico bruto”, concluiu.