Dia 12 de março, data em que foram aprovadas as medidas extraordinárias de resposta à pandemia de Covid-19, Paulo Sousa Costa e Carla Matadinho, diretor artístico e diretora-geral da produtora de teatro, entretenimento e comunicação Yellow Star Company, reuniram toda a equipa para lhes comunicar que iriam fechar por tempo indeterminado. Não conseguiram conter a emoção. A preocupação com as famílias que deles dependiam e a incerteza das consequências do próprio vírus tiraram-lhes o sono muitas vezes. Conseguiram, no entanto, não transmitir aos filhos, Letícia, de sete anos, e Sebastião, de três, este desassossego. Com eles, isolaram-se inicialmente na casa onde vivem, em Alapraia, mas depois de passado o estado de emergência decidiram ir para Alcáçovas, Alentejo, onde têm uma pequena casa. Agora preparam o regresso e foi em vésperas da reabertura das salas de espetáculos que falaram com a CARAS.
“É penoso ver artistas passar fome”, afirma o casal numa conversa que pode ler na CARAS desta semana.