
Este domingo, dia 28, Jane Fonda recebeu o prêmio Cecil B. deMille, no Golden Globes Awards. Uma distinção que destaca o conjunto do trabalho da atriz de 83 anos na televisão, cinema e enquanto ativista de questões sociais.
No discurso de aceitação deste prémio, Jane Fonda começou por realçar a importância de se contar histórias em tempos de incerteza, como são estes, provocados pela pandemia,
“Meu Deus, obrigada. Obrigada a todos os membros da imprensa estrangeira de Hollywood, estou muito emocionada por esta honra que recebo. Somos uma comunidade de contadores de histórias e em tempos turbulentos como estes, contar histórias é central. As historias podem mudar os nossos corações, as nossas mentes e ajudar a ver o outro sob outra luz”, começou por dizer, para depressa levar o discurso para um tema que quer destacar: o da necssidade de haver maior diversidade na indústria.
“O reconhecimento de toda a nossa diversidade torna-nos humanos num só lugar. Na minha vida vi miuta diversidade e é um grande desafio entender, às vezes, todas as pessoas que conheci. Mas se o meu coração está aberto e se eu puder olhar para além da superfície, sinto-me bem. É por isso que os condutores de percepção, Buda, Mohammed e Jesus, todos falaram através de poesia e de metáforas. As formas não lineares, ou seja, a arte, falam noutra frequência e geram energia capaz de penetrar as nossas defesas. O que tínhamos medo de ouvir e ver, finalmente, vemos!”, continuou.
Jane Fonda remata com a mensagem de que as histórias que são contadas no cinema ou na TV podem ter um papel importante na aceitação da diferença: “Todos os filmes tem a minha empatia. “Mirami” ensinou-me a sentir o que é ser-se humano na América, “I May Destroy You” ajudou-me a considerar a violência sexual sob uma ótica diferente. Os documentários mostraram como a nossa democracia é frágil. As histórias podem mudar as pessoas. São as vozes que mais respeitamos nesta indústria. Vamos falar de histórias em que possamos incluir todos os setores e fazer um esforço para expandir essa visão. Que todos mostrem as suas histórias e possamos reconhecer o que é verdade e a diversidade. De todos que marcham e lutam até hoje. A arte sempre esteve na liderança. Vamos ser líderes! Muito obrigada!”