
Will Smith está prestes a lançar “Will”, uma autobiografia repleta de memórias e revelações – algumas, chocantes. Uma delas refere-se mesmo ao facto de ter chegado a ponderar matar o pai.
“O meu pai era violento, mas ele também estava em todos os jogos, peças e recitais. Ele era alcoólico, mas estava sóbrio em todas as estreias de cada um dos meus filmes”, começou por dizer. “Com o mesmo perfeccionismo intenso com que aterrorizava a sua família, colocava comida na mesa todas as noites da minha vida“, acrescentou.
Em seguida, recordou o momento que o moldou: “Quando tinha nove anos, vi o meu pai dar um soco à minha mãe na lateral da cabeça com tanta força que ela desmaiou. Vi-a cuspir sangue. Aquele momento, naquele quarto, provavelmente mais do que qualquer outro momento da minha vida, definiu quem eu sou“, assumindo que se sentiu um cobarde por não ter feito nada na altura.
“Uma noite, enquanto delicadamente o empurrava do quarto em direção à casa de banho, uma escuridão surgiu dentro de mim. O caminho entre os dois quartos passa pelo topo das escadas. Quando era criança, sempre disse a mim mesmo que um dia vingaria a minha mãe. Que quando fosse grande o suficiente, quando fosse forte o suficiente, quando eu não fosse mais um cobarde, iria matá-lo“, contou.
“Fiz uma pausa no topo das escadas. Eu poderia empurrá-lo para baixo e facilmente sair impune. Eu sou o Will Smith, nunca ninguém acreditaria que eu tinha matado o meu pai de propósito. Sou um dos melhores atores do mundo, a minha chamada para o 112 seria digna de um prémio“, rematou, garantindo que afastou, em seguida, aquele pensamento.
O pai do ator morreu há ccerca de cinco anos, após ser diagnosticado com cancro.