O apelido de Martim Sousa Tavares, de 30 anos, já quase dispensa apresentações. Contudo, seria profundamente redutor ficar pelo óbvio quando o nosso interlocutor é um maestro, criador, comunicador, empreendedor e coordenador cultural que, tendo nascido numa família privilegiada – é neto de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Francisco Sousa Tavares e filho de Miguel Sousa Tavares e de Laurinda Alves –, cedo quis sair da “bolha”, desbravando o mundo com todos os sentidos e em todas as direções.
Tendo terminado os seus estudos em direção de orquestra nos EUA, com honras académicas, fez as malas e voltou para Portugal, para criar, em 2019, a Orquestra Sem Fronteiras, um projeto que promove e fixa os talentos no interior do país, levando a música clássica a novos públicos, num esforço claro de democratizar o acesso às oportunidades e à cultura.
A dias de estrear o espetáculo infanto-juvenil O Anel do Unicórnio – Uma Ópera em Miniatura, uma criação sua, de Ana Lázaro e Ricardo Neves-Neves, o maestro sentou-se à conversa com a CARAS e mostrou as “partituras” que vai seguindo neste seu universo criativo, onde o clássico e o contemporâneo, o centro e a margem, a tradição e a vanguarda se encontram sem complexos nem mesuras, esbatendo as fronteiras.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1371 da revista CARAS.