Ghislaine Maxwell, ex-companheira e ‘braço direito’ de Jeffrey Epstein, foi declarada culpada de vários crimes sexuais por um tribunal de Nova Iorque e enfrenta uma possível pena de prisão de até 60 anos. Depois de vários dias de deliberações, o júri considerou a mulher como culpada de cinco dos seis crimes de que estava acusada.
A acusação mais grave é a de tráfico sexual de uma menor entre os anos de 2001 e 2004, quando a vítima tinha entre 14 e 16 anos, crime pelo qual poderá receber uma pena de 40 anos de prisão. A este somam-se ainda outros quatro crimes de conspiração, transporte e incitação.
De acordo com a imprensa internacional, que cita testemunhas que se encontravam no julgamento, a mulher, de 60 anos, declarou-se sempre “inocente” dos seis crimes de que estava acusada. A juíza Alison Nathan, responsável pelo caso, tem agora tempo indeterminado para ditar a sentença, da qual a defesa de Maxwell deverá recorrer.
“Acreditamos firmemente na inocência da Ghislaine. Evidentemente estamos muito desiludidos com o veredito. Já começámos a trabalhar no recurso e estamos seguros de que se reivindicará a sua inocência”, afirmou um dos advogados da ex-companheira de Epstein.
De recordar que o magnata se suicidou na prisão em agosto de 2019 ainda antes de ser julgado. Após a morte do multimilionário, Maxwell fugiu e manteve-se em parte incerta durante um ano. Em julho de 2020 foi detida numa mansão em New Hampshire e ficou em prisão preventiva, depois de o juiz considerar que havia risco de fuga, uma vez que a mulher tem três passaportes, um britânico, um francês e um americano.
Este caso está diretamente ligado ao do príncipe André, que se afastou da vida pública depois de o seu nome ter sido ligado ao de Jeffrey Epstein. Mais recentemente, e no âmbito do mesmo caso, o terceiro filho da rainha Isabel II foi acusado de abuso sexual por Virginia Giuffre, crime que terá sido cometido quando a mulher era ainda menor.