“Foi preciso chegar aos 91 anos para ter um doutoramento!”, comentava, divertido, António Gentil Martins no dia em que lhe foi atribuído o grau de doutor honoris causa pela Universidade Europeia. “Não estava nada à espera de receber este honoris causa e é uma honra. Confesso que até já tinha desistido de receber um doutoramento. Houve alturas, quando era mais novo, em que achei que o doutoramento era uma coisa fundamental, mas depois, com os doentes, a universidade e a família, não tive tempo para tudo e pus o doutoramento de lado. Agora aparece-me isto assim, como um prémio inesperado”, acrescentou, satisfeito, o conceituado cirurgião.
Na ocasião, Gentil Martins contou com o apoio de parte da sua larga família. “Vêm os que podem, alguns filhos e netos, mas ainda assim são muitos. Tenho oito filhos, 27 netos e, por enquanto, dois bisnetos. A minha mulher está doente, não pôde estar presente”, explicou-nos.
Fotos: Paulo Jorge Figueiredo