Aos 44 anos, Sérgio Praia ainda dá espaço ao menino do Furadouro que fazia ballet às escondidas e sonhava com as artes do palco, acreditando, sem dar margem à dúvida, que “a vida podia ser muito mais bonita”. Até o sonho ganhar contornos reais, o ator trabalhou nas obras, comeu o que tinha à mão e dormiu em sítios alheios. Não se vitimizou nem desistiu, porque o sonho esteve sempre lá, uma espécie de sentinela no caminho.
Tornou-se ator e nunca mais precisou de se esconder para subir aos palcos ou para aparecer no ecrã. Na pele de António Variações ou de uma outra qualquer personagem, Sérgio agiganta-se, não numa vaidade egotista, mas numa entrega absoluta em prol de uma história que vive como se fosse sua, uma experiência absoluta que lhe roubou em muitos momentos o espaço para viver fora do mundo do faz de conta.
Numa conversa em que nos convidou a entrar no seu universo criativo, o ator partilhou a sua paixão pela arte e os desafios que tem superado, reforçando a sua certeza de que a vida pode ser mesmo muito mais bonita.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1397 da revista CARAS.