Depois de dois anos de interregno devido à pandemia, a ARCOLisboa voltou a abrir portas de forma presencial na Cordoaria Nacional. A quinta edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea, nascida em Madrid e organizada no nosso país pela IFEMA Madrid e pela Câmara Municipal de Lisboa, atraiu personalidades de vários quadrantes da sociedade portuguesa à inauguração, a 19 de maio, elogiando a criatividade e o arrojo das 65 galerias de 14 países que durante quatro dias ali expuseram os seus trabalhos. “A ARCOLisboa é muito mais do que um evento artístico. Para mim, é uma interseção entre a iniciativa e a cidade, entre a tecnologia e a arte, entre o mundo físico e o digital, entre as diferentes geografias e os diferentes materiais. Esse diálogo é o futuro da nossa curiosidade, o ingrediente principal que nós temos para a ciência e inovação, que são o futuro do emprego e transformam verdadeiramente o mundo. A arte traz-nos a intuição para além da racionalidade. E é essa intuição que faz com que possamos avançar todos os dias. A ARCOLisboa tem essa capacidade de irmos mais longe, integra uma visão de ambição para a cidade que vai para além da arte e caminha através das interseções da ciência, inovação e cultura, melhorando a vida das pessoas”, referiu Carlos Moedas, pela primeira vez na mostra como presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Projeto de afirmação da singularidade da criação contemporânea portuguesa e também de artistas internacionais, a iniciativa celebra ainda os laços entre os dois países pertencentes à Península Ibérica, tal como destacou Isabel Cordeiro, secretária de Estado da Cultura. “É uma amizade que, tal como na geografia nos aproxima, se desenvolve com uma vasta fronteira, plena de pontes que nos ligam. O que hoje fazemos é, assim, uma continuação do que a História nos mostra, que Portugal e Espanha, enquanto culturas, sempre coexistiram em diálogo e em enriquecimento útil. A ARCOLisboa é um lugar privilegiado e uma oportunidade única para reforçar o reconhecimento internacional da arte contemporânea portuguesa, em diálogo com relevantes propostas e plataformas internacionais, confirmando Portugal como um dos polos artísticos e culturais de melhor interesse na atualidade”, reconheceu.
Fã de arte, Sofia Aparício é também uma presença assídua no certame. “É ótimo estar aqui, ver galerias incríveis com artistas maravilhosos todos reunidos no mesmo sítio. É um prazer e um bombom. Gosto muito de arte em geral, não só contemporânea, acho que os artistas são um pilar fundamental da sociedade humana. Apesar de a cultura ser sempre o filho pobre de todos os setores da sociedade, acho que a arte, tal como a educação, é um dos pilares da nossa civilização”, afirmou.
Fotos: Luís Coelho