Carolina Amaral tinha quatro ou cinco anos quando, pela primeira vez, se sentiu “à larga, sem restrições”, como descreve o momento em que pisou o palco numa festa da escola. Essa memória “quase carnal” foi-se construindo no ballet, nos grupos de artes e, mais tarde, no curso de Teatro, experiências que só alimentaram a sua fome de devorar um mundo de histórias e sensações que transbordam o “eu”. É atriz dos pés à cabeça, é assim que se sente inteira, numa plenitude de que não abre mão. Esta entrega tem-na levado à excelência que impressiona quem a vê no teatro ou no ecrã, nomeadamente em Glória, série da Netflix, realizada por Tiago Guedes, que levou o seu talento além-fronteiras. Agora prepara-se para subir ao palco de Avignon com a peça Iphigénie, de Tiago Rodrigues, encenada por Anne Théron, estando também em digressão com Trouble, um espetáculo de Gus Van Sant, como nos contou numa tarde passada na Tapada Nacional de Mafra.
Uma entrevista para ler na edição n.º 1402 da revista CARAS.