Uma discussão a bordo de um avião privado, em setembro de 2016, terá sido a gota de água que levou Angelina Jolie a pedir o divórcio a Brad Pitt, acusando-o de, alcoolizado, ter sido violento com ela e com dois dos seis filhos. Foi o fim de uma relação de 11 anos, dois dos quais casados, cuja aura cinematográfica tinha até gerado um nome para o casal: “brangelina”. A partir daqui, as disputas pela custódia dos filhos, alguns deles já maiores de idade – Maddox tem 22 anos, Pax, 19, Zahara, 18, Shiloh, 17, e os gémeos Knox e Vivienne, 15 –, e pelos bens gerou um sem-número de acusações mútuas, queixas e polémicas, que só agora, sete anos depois, deram origem ao divórcio legal. Entretanto, em 2019, já um juiz tinha decretado a separação efetiva do casal.
Apesar do divórcio assinado, a discórdia não está completamente resolvida: ao que se sabe, a questão dos filhos está fechada, tendo a atriz, realizadora, produtora e ativista, de 48 anos, ficado com a custódia dos menores, e o ator, de 59, com direito a visitas. Mais complicada é a história da propriedade que compraram juntos no Sul de França, em 2008, e que ambos concordaram em separar do processo de divórcio, de modo a conseguir fechar finalmente esse capítulo.
A disputa sobre o Château Miraval, um magnífico castelo de 35 quartos inserido numa propriedade de 500 hectares e com uma tradição secular de produção de vinho, situado numa zona campestre relativamente isolada, nos arredores da pequena cidade de Correns, arrasta-se nos tribunais desde 2016, quando Jolie decidiu vender a sua parte à empresa de produção de bebidas do empresário russo Yuri Shefler, quebrando um acordo verbal, alega Pitt, de que nenhum deles o faria sem dar preferência de compra ao outro.
O ator processou a ex-mulher e conseguiu reverter a venda, mas nunca mais chegaram a acordo. Pitt, que se sabe ter uma enorme paixão pela propriedade, onde vai com frequência e onde terá estado este verão com a nova namorada, a empresária na área da joalharia Ines de Ramon, de 32 anos, deverá ter de pagar cerca de 230 milhões de euros à ex-mulher para ficar com o controlo total da mesma.
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