A época de Natal e de fim de ano voltou a ser muito desafiante para Zulmira Garrido. De luto pelo seu único filho, o DJ Eddie Ferrer, que morreu há um ano, a 19 de novembro de 2022, aos 42 anos, depois de ter sofrido um aneurisma, a comentadora do programa Passadeira Vermelha, da SIC CARAS, tenta manter uma postura positiva perante a vida, mas não deixa de assumir a tristeza de se sentir um pouco perdida, até porque, um mês após a morte do filho, teve de lidar com o fim do seu casamento com Jesualdo Ferreira, com quem partilhou 33 anos de vida. “Estar sozinha é muito duro. Tive uma primeira fase em que não queria ver nem falar com ninguém. Agora é o contrário. Quando entro em casa e fecho a porta, é um pavor. É uma violência muito grande para mim ficar sozinha”, assume Zulmira, de 63 anos.
“Ninguém me vai ver feliz, mas pelo menos neste programa estou em paz, tranquila e com a mente ocupada.”
Apesar de tudo, diz que ficou surpreendida com a força interior que descobriu ter e que a tem ajudado a seguir em frente. “Nesse aspeto, tenho orgulho dessa minha faceta, porque luto contra aquilo que não quero fazer. Faço um esforço enorme para me arranjar e sair, por exemplo, porque era muito mais fácil deixar-me ficar em casa. Tento realmente encontrar forças para levar a minha vida para a frente”, assegura, revelando que o convite para ser comentadora do Passadeira Vermelha acabou por funcionar como terapia. “Se não fosse este programa, não sei o que seria de mim. A equipa é fabulosa, as pessoas acarinharam-me como família, foram e estão a ser muito importantes nesta minha triste vida.”