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Numa noite já por si especial, este terá sido, certamente, um dos grandes momentos da 66.ª edição dos Grammys Awards, na Crypto.com Arena, em Los Angeles, ontem, dia 4 de fevereiro. Sem que nada o fizesse prever, Céline Dion subiu ao palco para entregar o prémio de álbum de ano a Taylor Swift, a grande vencedora da noite, por Midnights.
Recebida com uma ovação de pé, a cantora canadiana, que no final de 2002 revelou sofrer de Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), uma doença neurológica que provoca a contração involuntária dos músculos, danifica as cordas vocais, que a levou a cancelar a digressão Courage World Tour e abandonar os palcos por tempo indeterminado, não escondeu a emoção:
“Obrigada a todos. Também vos adoro. Quando digo que estou feliz por estar aqui, é do fundo do coração”, confessou a cantora, de 55 anos, que chegou acompanhada pelo filho mais velho, René-Charles Angelil, de 23, fruto do casamento com René Angélil, que morreu em 2016, vítima de cancro. Para este regresso Céline escolheu um longo e elegane vestido rosa, que combinou com um casaco caramelo e um espetacular conjunto de colar e pulseiras de diamantes.

“Aqueles que tiveram a sorte de estar aqui nos Grammy Awards nunca devem dar por garantido o enorme amor e alegria que a música traz às nossas vidas e às pessoas de todo o mundo. É para mim uma alegria imensa entregar esta noite o mesmo prémio que duas lendas como Diana Ross e Sting me entregaram há 27 anos”, continuou, para depois apresentar a vencedora da noite, Taylor Swift, que não resistiu a abraçar a autora de My Heart Will Go On, da banda sonora de Titanic, um dos seus muitos hits.
Recorde-se que recentemente foi anunciado o lançamento do documentário I am Céline na Amazone Prime Video, no qual a cantora partilha a sua luta contra a doença que lhe roubou a carreira.
“Estes últimos anos têm sido um desafio para mim, a viagem desde a descoberta da minha doença até aprender a viver com ela e a geri-la, mas sem deixar que ela me defina. À medida que a viagem para retomar a minha carreira como artista continua, apercebi-me de como senti falta de estar com os meus fãs e de os ver. Durante esta ausência, decidi documentar esta parte da minha vida, para tentar sensibilizar para esta doença pouco conhecida e ajudar outros a partilhar o seu diagnóstico”, revelou n apresentação.
Apesar da dura bataha que enfrenta, a cantora, que é ainda mãe dos gémeos Eddy e Nelson, de 13, não deita a toalha ao chão e tem esperança de voltar aos palcos:
“Quero que todos saibam que não estou a desistir…. e que estou ansiosa por voltar a ver-vos!”.