Olá a todos os leitores da CARAS.
Hoje chegámos a Nazca. Esta região do Peru é famosa pelos desenhos gravados no chão que só são possíveis de reconhecer quando vistos de avião. Estima-se que estas linhas tenham sido feitas há mais de dois mil anos e prevalecem até aos nossos dias, devido à mestria do Povo Nazca, sendo actualmente consideradas Património da Humanidade.
Estamos a entrar na recta final da corrida e, nesta altura do campeonato, os duelos são cada vez mais cerrados e disputados ao segundo. Todos os momentos são importantes para assegurar um lugar de pódio.
Neste rali, as nossas capacidades físicas são levadas ao limite. Ao longo de 15 dias percorremos cerca de nove mil quilómetros de percursos cheios de armadilhas. Quer seja areia ou pedra, ninguém espera ter a tarefa facilitada em nenhuma etapa. Mas, afinal, isto é o Dakar é suposto ser difícil. A fadiga é nossa inimiga, mas desistir é uma palavra que não consta do vocabulário de ninguém e como se costuma dizer, quem corre por gosto não cansa.
Para mim o Dakar é um
sonho de criança e ter a oportunidade de participar nesta prova é, sem dúvida,
um privilégio.
Um abraço
Hélder Rodrigues
Hélder Rodrigues terminou a etapa de hoje em 7.º lugar e continua na 3.ª posição da classificação geral.