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Carlos Sousa
D.R.
Após dois dias repletos
de incidências e um atraso acumulado superior a duas horas – que se traduziu
numa descida desde o sexto ao oitavo lugar da classificação –, Carlos Sousa regressou hoje à melhor
forma no penúltimo dia de competição do Dakar 2012, confirmando o seu melhor
registo em etapas nesta edição e recuperando o sétimo lugar perdido na véspera
para o holandês Bernhar Ten Brinque.
Quarto mais rápido a cumprir os 275 km da especial, num percurso entre as
históricas cidades de Nasca e Pico, maioritariamente disputado junto às margens
do Oceano Pacífico, o piloto português ofereceu à Great Wall o melhor resultado
de sempre de um construtor chinês em provas automobilísticas internacionais,
ficando agora a escassos 29 km de repetir pela quarta vez na sua carreira,
depois de 2005, 2006 e 2007, um sétimo lugar no final de um Dakar. Ou, e caso
se venha a confirmar a desclassificação de Robby
Gordon, o sexto lugar também conquistado na sua última participação, em
2010.
Num dia em que partiu “de faca nos
dentes”, decidido a anular rapidamente os cerca de 4 minutos que o
separavam do Mitsubishi de Ten Brinke na geral, Carlos Sousa fez uso da sua
enorme experiência para colocar o SUV Haval inscrito na Great Wall entre os quatro
mais rápidos da tirada, isto apesar “de
um valente atascanço no primeiro cordão de dunas e de uma perdidela a
sensivelmente meio da especial. Tudo somado, teremos perdido mais de 10m e a
possibilidade de um resultado ainda mais positivo no final deste dia”,
contou o português à chegada a Pisco.
Em todo o caso, prossegue, “cumprimos
aquele que era o grande objetivo à partida desta etapa, que era recuperarmos o
sétimo lugar da geral após os problemas que nos condicionaram no dia de ontem.
Nesse contexto, uma palavra muito especial para o Jean-Pierre (Garcin),
que mesmo limitado fisicamente e ainda com muitas dores no pescoço – partiu
hoje com um colar cervical – fez questão de aguentar tudo e incentivar-me até
final”, destacou ainda Carlos Sousa.
De resto, e já em jeito de primeiro balanço a esta sua 13ª participação no
Dakar, Carlos Sousa explica que, “face a
todos os condicionalismos e limitações desta estreia com o Team Great Wall,
seria realmente impossível fazer melhor. Saio deste Dakar de consciência
tranquila, porque sei que dei o melhor de início a fim. E apesar de dois dias
muito maus, este sétimo lugar acaba por ser um justo prémio para toda a equipa”,
acrescentou ainda o melhor português da corrida automóvel.
Amanhã, domingo, a última etapa do rali levará a caravana até à cidade de Lima,
onde pela primeira vez será celebrada a chegada de um Dakar. O percurso desde
Pico até à capital peruana inclui um curto setor cronometrado de 29 km
sobretudo para saborear o momento e consagrar os vencedores em cada uma das
categorias.