Cristina Bacelar, natural do Porto, onde reside, dedicou-se sempre à música, quer como professora quer como música. Fez parte, desde a sua génese, do projeto Frei Fado D’el Rei, com o qual fez diversas digressões na Europa e na América, e tocou com músicos como os Madredeus, Carlos Paredes, Vitorino ou Uxía, entre outros.
Em 2007, editou o primeiro disco a solo, I, um tributo a Florbela Espanca, e há quatro anos formou com a acordeonista Fátima Santos e a violinista Ianina Khmelik o grupo As 3 Marias, no qual assegura a guitarra e a voz. Quase a Primeira Vez, CD de estreia do trio, assumiu uma forte influência do tango, tal como acontece em Bipolar, o trabalho discográfico que acaba de chegar ao mercado.
Cristina
Bacelar, natural do Porto,
onde reside, dedicou-se sempre à música, quer como professora quer como música.
Fez parte, desde a sua génese, do projeto Frei Fado D’el Rei, com o qual fez
diversas digressões na Europa e na América, e tocou com músicos como os
Madredeus, Carlos Paredes, Vitorino ou Uxía, entre outros.
Em 2007, editou o primeiro disco a solo, Descartabilidade, um tributo a Florbela
Espanca, e há quatro anos formou com a acordeonista Fátima Santos e
a violinista Ianina Khmelik o grupo As 3 Marias, no qual assegura a
guitarra e a voz. Quase a Primeira Vez, CD de estreia do trio, assumiu
uma forte influência do tango, tal como acontece em Bipolar, o trabalho
discográfico que acaba de chegar ao mercado.
O Filme: “La Femme d’à côté”
La Femme d’à
Côté, de François
Truffaut. Uma história de amor
mal resolvida… Vi-o inúmeras vezes. E fico sempre à espera que o final seja
diferente. Acredito que as histórias de amor, quando acabam, têm que ficar
resolvidas e tornarem-se o princípio de uma grande amizade.
O Livro: “Por amor à Índia”
Numa Índia à descoberta da sua independência, duas personagens
encontram-se. Apesar de pertencerem a mundos completamente diferentes, o livro
diz-nos que o amor é possível. No mundo atual, onde a descartabilidade dos
afetos e a ausência de valores políticos e ideológicos imperam, este livro é
uma elegia de esperança! Aliás, recomendo os livros todos da Catherine
Clément, uma mulher que escreve magistralmente, completamente influenciada
pelo antropólogo e filósofo Lévi-Strauss.
A Peça: “As Três Irmãs”
As Três Irmãs, de Tchekhov, com encenação de Eimuntas
Nekrosius. É uma peça que retrata o desconforto. A busca da felicidade na
projeção de um sonho… dos momentos felizes passados numa infância. As três
irmãs, entre esperança e desconcerto, acabam reduzidas à contingência de um
quotidiano… dá que pensar! Porquê esta encenação? Porque “o teatro é um
antídoto contra a pressa dos tempos”, como diz o Nekrosius.
O Restaurante: O Carteiro
O Carteiro, no Porto, no Largo do Ouro, junto ao rio Douro. Além da
excelente comida e da simpatia do Nuno e da Graça, encontram-se
sempre amigos em longas tertúlias. Recomendo o folhado à Carteiro acompanhado
com castanhas e migas.
O Concerto: Vários
Astor Piazzolla, há muitos
anos,fez-me sentir o tango… Paco de Lucía, que me fez amar o
flamenco… Uma jam session em Londres com o compositor e guitarrista
contemporâneo Leo Brouwer… E, claro, o grande mestre Carlos Paredes
no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, no Porto.
A escolha de… Cristina Bacelar
A guitarrista e cantora portuense integra desde 2009 o grupo As 3 Marias, que criou um novo conceito de música de fusão: tango da Invicta.