Depois do enorme sucesso de Peer Gynt, com sala esgotada quase todos os dias, o Teatro Experimental de Cascais (TEC) prepara uma nova produção Com uma história de 50 anos de Teatro profissional o TEC tem sido ao longo deste meio século a casa de partida para os alguns dos maiores atores do nosso país.
Dia 13 de Novembro assinala-se a data com a estreia de Macbeth, num espectáculo encenado por Carlos Avilez. O encenador e diretor do TEC, o “Mestre” como muitos o chamam, uma figura de referência do teatro em Portugal que contribuiu para a formação de muitos dos maiores atores do nosso país e privou com outros tantos nomes da nossa História. Fernando Pessoa é apenas um entre muitos. Uma história de vida que é indissociável da Cultura Nacional. O TEC tem 50 anos de Teatro profissional e o Mestre Avilez meio Século do seu caminho.
Macbeth conta ainda com nomes bem conhecidos do grande público. São eles: André Marques, Bruno Ambrósio, Bruno Bernardo, Cláudia Semedo, Filipe Abreu, Flávia Gusmão, Gonçalo Carvalho, João Jesus, José Condessa, Lídia Muñoz, Luís Lobão, Luiz Rizo, Marco D’Almeida, Miguel Amorim, Paula Lobo Antunes,Pedro Caeiro, Pedro Russo, Raquel Oliveira, Rodrigo Tomás, Sérgio Silva e Teresa Côrte-Real.
Macbeth é considerado por muitos a maior tragédia de William Shakespeare. O rótulo de “peça maldita”, graças aos muitos incidentes que ao longo dos anos têm povoado a apresentação dos espectáculos (morte de actores em cena, incêndio de teatros, etc.), ajudou à criação do mito da tragédia, uma história simples e crua, que relata a ascensão e queda do casal Macbeth, que decide conscientemente assassinar o rei Duncan, legítimo rei da Escócia, para ascender ao poder.
Macbeth é na verdade um estudo sobre o mal e a ambição, uma viagem pela possibilidade da não consequência das nossas acções, pela impunidade que nos levaria de forma inevitável a cometer os crimes mais horrendos se tivéssemos como garantia a recompensa e não a punição. É por isso a obra mais negra de Shakespeare, a mais cruel, uma vez que o retrato que o maior dramaturgo de sempre faz da humanidade é pintado a sangue e não a esperança. No final, é o mal que prevalece.
No aniversário dos 50 anos do Teatro Experimental de Cascais, Carlos Avilez reuniu um conjunto de atores que já passaram pelo TEC ao longo deste cinquentenário para celebrar o trabalho de uma companhia de teatro que se mantém tão viva quanto a obra de Shakespeare. 50 anos depois o TEC é ainda uma companhia jovem que privilegia o texto e a celebração da essência do teatro: a partilha.
De 13 de novembro a 27 de dezembro.
4ª a Sábado 21.00h | Domingo 16.00h
Teatro Municipal Mirita Casimiro
Av. Fausto de Figueiredo, Monte Estoril
M/ 12