O príncipe
Alberto do Mónaco e
Charlene Wittstock escolheram
Alain Ducasse, um dos mais conceituados cozinheiros do mundo, para confecionar a ementa do jantar servido aos cerca de 450 convidados para o jantar oficial do seu casamento, que decorreu nos terraços da Ópera Garnier. O
chef francês inspirou-se sobretudo na cozinha mediterrânica, recorrendo a muitos produtos locais, e contou com a colaboração de experientes profissionais para este menu que descreveu como
"magnífico, elegante, sedutor e saboroso".
A decoração e organização da sala
Branco, dourado, azul e verde eram as cores dominantes no espaço que acolheu os cerca de 450 convidados para o jantar oficial do casamento dos príncipes Alberto e Charlene. As mesas foram decoradas com centros de flores desses tons e as cadeiras douradas tinham assentos brancos.
A mesa de honra em forma de T permitia aos noivos ter uma visão privilegiada sobre toda a sala. Alberto e Charlene e os respetivos familiares ficaram sentados na parte transversal, e o espaço restante foi ocupado por chefes de Estado e membros das famílias reais que se fizeram representar no Principado. Todos os outros convidados foram distribuídos por mesas redondas de dez lugares.
A ementa
Como entrada foi servida uma especialidade monegasca, o
barbagiuan, uma espécie de empada de massa fina recheada com legumes, ervas aromáticas, ovo e queijo parmesão.
Num prato
"grande e oval", Alain Ducasse recriou a paisagem típica da Riviera Francesa, sobrepondo diversos legumes e hortaliças, como tomate, beterraba e rábano, tudo decorado com amêndoa, flores de
courgette e aipo. Por baixo estava então o peixe, tainha marinada. Tudo regado com azeite, ingrediente indispensável na cozinha mediterrânica.
Cumprindo com o prometido, um menu saboroso, mas muito saudável, o
chef Ducasse apresentou ainda um prato de legumes salteados, entre os quais cenouras, alcachofras, alho francês, ervilhas, feijão-verde e cogumelos.
Foram depois servidas batatas cozidas em molho de açafrão, juntamente com vários peixes e mariscos, entre os quais camarão, filetes de salmonete, lulas, besugo e polvo.
Uma gelatina de morangos e frutos silvestres foi o primeiro doce servido. Seguiu-se um gelado de leite, acompanhado por bolacha crocante.
O bolo de casamento
Momentos antes do espetáculo de fogo-de-artifício que encerrou as comemorações do casamento real do Mónaco, os príncipes Alberto e Charlene partiram o magnífico bolo com sete andares, um metro e meio de diâmetro e dois metros e meio de altura. Alain Ducasse apostou no branco com apontamentos rosa. Foram necessárias 2 500 flores de açúcar para decorar o bolo
" de amêndoa, com uma fina compota de groselha e uma mousse ligeira de baunilha, coberta de chocolate branco e algumas gotas de groselha". No topo, o elemento mais simbólico: uma prótea, flor típica da África do Sul, em homenagem a Charlene Wittstock.
De referir que muitos dos produtos utilizados – legumes e leite – vieram da residência oficial de férias da família Grimaldi em Roc Agel. Era nesta propriedade que a antiga nadadora sul-africana vivia desde que foi anunciado o seu noivado com Alberto do Mónaco, no verão do ano passado.
"Na horta do príncipe crescem muito bem as beringelas, as abóboras e os pimentos (…). Não é uma ementa formal. Não haverá nenhum peixe nobre, apenas o proveniente de pesca sustentável. Não haverá caviar. Arriscámos num menu mediterrânico um pouco atrevido", explicou Alain Ducasse há já algumas semanas.