A audiência terminou à 1h37, mas Iñaki urdangarin só deixou as instalações do Tribunal de Palma de Maiorca já passava das 4h00. Neste segundo dia de audiência, o duque de Palma admitiu que continuou os seus negócios em 2008, muito depois do rei Juan Carlos o ter aconselhado a deixar de os fazer. No entanto, acrescentou que foram atividades de foro privado, nunca com organismos públicos, e apenas para terminar um negócio que tinha começado enquanto era presidente do Instituto Noós.
Naquela que foi a primeira vez que um membro da família real espanhola enfrentou a justiça, Iñaki foi sujeito a um duro interrogatório, num total de mais de 14 horas de perguntas e respostas.
Este segundo dia de audiência ficou ainda marcado pela revelação de que o marido da infanta Cristina é titular de uma conta bancária na Suíça. Confrontado com uma folha escrita à mão pela sua secretária que provava a existência desta conta, Iñaki argumentou que se tratava de um depósito feito por um empresário jordano residente na Suíça pela sua gestão no processo de internacionalização da sociedade Aguas de valencia.
Quando questionado sobre os contratos entre o Instituto Noós e o Governo das Baleares, Iñaki voltou a atribuir responsabilidades ao seu ex-sócio, Diego Torres, afirmando que este atuava nas suas costas. Disse ainda que desconhecia quaisquer irregularidades que pudessem existir.