
William e Kate
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O primeiro filho de William e Kate Middleton nasceu ontem, dia 22 de julho, e a BBC criou uma lista com dez factos pouco conhecidos sobre os nascimentos reais na Grã-Bretanha.
1. Até 1948, os Ministros do Interior costumavam estar presentes nos nascimentos reais. O então Ministro do Interior, William Joynson-Hicks, por exemplo, viu o nascimento da rainha Isabel II em 1926. Acredita-se que o hábito tivesse a ver com a necessidade de verificar se a criança era de facto filha da rainha ou rei ou se era do sexo masculino.
No entanto, antes do nascimento do príncipe Carlos, em 1948, o governo não encontrou nenhum facto que justificasse essa tradição e a prática foi interrompida, de acordo com a biografia da rainha escrita por Ben Pimlott.
2. O arcebispo da Cantuária, a mais alta autoridade da Igreja Anglicana abaixo da rainha ou rei, também costumava acompanhar os nascimentos reais.
Uma exceção ocorreu em 1841, quando o arcebispo chegou atrasado para o nascimento do primeiro filho da rainha Vitória, Albert Edward. É provável que o atraso tenha ocorrido devido ao tráfego intenso de carruagens nas ruas, mas essa informação não está confirmada.
3. Segundo registos históricos, havia 42 figuras públicas ilustres presentes no nascimento do filho do rei James II, James Francis Edward, em 1688, no Palácio de St. James, em Londres.
Segundo a professora da Universidade de Cambridge Mary Fissell, foi “o primeiro circo dos média à volta de um nascimento real”.
Na época duvidava-se que a mulher do rei, Maria de Módena, estivesse genuinamente grávida, e surgiram rumores de que um empregado tinha trazido um bebé para o quarto numa panela ou passando por uma porta secreta.
A situação colocou em dúvida a legitimidade do bebé e ele nunca se tornou rei. Em 1688, após a chamada Revolução Gloriosa, o holandês Guilherme de Orange assumiu o trono da Inglaterra.
4. O bebé de Kate e William não precisa de apelido uma vez que terá o título de príncipe. Se quiserem escolher um os duques de Cambridge têm três opções: Mountbatten-Windsor, Gales ou Cambridge.
Em 1917, George V escolheu Windsor como o “apelido” da sua família para mudar o Saxónia-Coburgo-Gota, que soava muito alemão durante a Primeira Guerra Mundial.
A rainha Isabel II e o príncipe Filipe combinaram os seus dois sobrenomes, Mountbatten-Windsor. Os seus descendentes diretos podem usá-lo, mas não são obrigados a fazê-lo.
No meio militar, William usa o nome da sua casa real, Gales, que herdou do pai, o príncipe Carlos. O apelido Cambridge, título que foi dado a William e Kate quando se casaram, é a última opção.
5. Reza a tradição que a notícia de nascimentos e mortes de membros da família real seja exibida nas grades do Palácio de Buckingham antes de ser confirmada por qualquer outro meio.
Por isso, o nascimento do bebé dos duques de Cambridge foi divulgado num cavalete colocado na frente do palácio, no centro de Londres.
A rainha, os membros da família real mais importantes e a família Middleton foram os primeiros a receber a notícia.
De seguida, um assessor real foi enviado do hospital para o palácio, acompanhado por uma escolta policial, com o boletim. O anúncio, numa folha de papel com o selo do palácio e assinado pelos médicos que acompanharam o parto, dá a conhecer à nação o sexo, a data e hora de nascimento do bebé.
6. Os nascimentos reais são geralmente comemorados com uma saudação de 41 tiros de canhão da artilharia real.
A saudação tradicional é feita com 21 tiros de canhão, mas como, no caso do novo bebé, foram disparados de Green Park, um parque real no centro de Londres, foram adicionados 20 tiros.
Da Torre de Londres devem ser disparados 62 tiros: os 21 habituais, 20 porque a Torre é um castelo real e 21 em nome da cidade de Londres.
Também para marcar o nascimento, bandeiras britânicas devem ser hasteadas em cima de todos os prédios do governo, nos navios da Marinha Real e em instalações de defesa.
7. O bebé nasceu num hospital. O príncipe William foi o primeiro herdeiro do trono britânico a nascer num hospital. Tanto ele como o irmão, Harry, nasceram na ala privada do St. Mary’s Hospital, no bairro de Paddington (centro de Londres), o mesmo lugar onde a duquesa de Cambridge deu à luz.
A rainha Isabel II nasceu na casa dos seus pais, na rua Bruton, número 17, em Londres. O atual herdeiro do trono, o príncipe Carlos, nasceu no Palácio de Buckingham e a sua irmã mais velha, a princesa Ana, nasceu na Clarence House, uma das residências reais da capital britânica.
8. Acredita-se que William e Kate apresentarão o bebá ao mundo através da imprensa, que se encontra à porta do hospital há cerca de duas semanas.
A rainha apresentou os filhos da varanda do Palácio de Buckingham em frente a uma enorme multidão.
9. Ainda não se sabe onde será o batizado do bebé. O príncipe William, assim como o seu pai, o príncipe Carlos, foi batizado pelo arcebispo da Cantuária na sala de música do Palácio de Buckingham.
10. A roupa de batismo do bebé deve ser uma réplica da que tem sido usada desde 1841. A peça foi originalmente feita para o batismo da filha mais velha da rainha Vitória, a princesa Victoria Adelaide Mary Louisa.
Feita com rendas e cetim branco, a peça tem sido utilizada por gerações posteriores. A atual rainha, os seus filhos e a maioria dos seus netos usaram a túnica nas suas cerimónias de batismo.
Em 2008, o filho do príncipe Edward e de Sophie Rhys-Jones usou uma réplica para preservar a peça original.