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Kate abandonou a maternidade Lindo Wing do Hospital St. Mary, em Londres, apenas 12 horas após ter dado entrada e sete horas depois do parto do terceiro filho. O facto surpreendeu os seguidores da família real britânica e a população em geral.
Maria do Céu Santo, ginecologista e obstetra, considera que este não é um procedimento normal. “Aqui, as doentes não saem sete horas depois de terem a criança, de maneira nenhuma. Mas isso são as nossas normas de orientação”, clarifica a médica em declarações à CARAS, aproveitando para sublinhar que Kate não é uma paciente comum. “Em geral, não é normal. Mas são condições especiais, também quanto ao apoio ao domicílio”, referindo que os cuidados com a família real não estarão ao acesso do comum cidadão – obrigado a permanecer 48 horas sob vigilância.
Maria do Céu Santo alega, no entanto, que “ainda há crianças a nascer em casa, há crianças que nascem nas ambulâncias a caminho do hospital. Há, inclusive, partos no domicílio cujas mães nem vêm ao hospital“, afastando desta forma a necessidade de Kate passar mais tempo nas instalações hospitalares. “O que pode acontecer é que, se houver alguma complicação, volta ao hospital. E no caso da criança, igual”, sublinhando ser essencial a mãe e o recém-nascido serem mantidos em vigilância.
Kate tem vindo a passar menos tempo no hospital a cada nascimento: uma noite inteira quando do pequeno George, de quatro anos; dez horas após o parto de Charlotte, de três anos e, desta vez, apenas sete horas depois do nascimento do filho mais novo. Maria do Céu Santo vê o acontecimento com muita naturalidade, adiantando que “os trabalhos de parto podem ser mais fáceis e mais rápidos quando não é o primeiro filho. Depois, tem a ver com o peso do bebé, o tipo de parto (vaginal, cesariana,..) mas, geralmente, o terceiro parto é mais fácil que o primeiro”.
Há uma questão, contudo, que é fundamental neste caso, segundo a obstetra Maria do Céu. “Não se pode comparar a família real com a população em geral. Temos de ter normas que se adeqúem a todos, e uns têm mais apoio outros menos”, justificando, assim, o recorde estabelecido por Kate naquele que é o país onde as mães passam menos tempo internadas – com as normas orientadoras a apontarem para as 6 horas como período mínimo após um parto normal.