Há pouco mais de um mês a Catedral de Oslo recebeu a missa em memória de Ari Behn, ex-marido da princesa Martha Louise da Noruega e pai das suas três filhas, que se suicidou no dia de Natal.
Naquele dia, toda a família real esteve presente, incluindo as filhas de ambos, Maud, de 16 anos, Leah, de 14 e Emma, de 11, para o último adeus. Na hora de recordar o escritor foi Maud quem falou, salientando que a morte do pai “não foi culpa de ninguém”. “Não podemos culpar-nos a nós mesmo. O suicídio é uma doença mortal. O meu pai devia estar tão cansado que não viu outra saída”, começou por dizer a primogénita, num discurso que comoveu os presentes.
“Só quero dizer a todos os que passaram por uma doença mental que sempre há uma saída, ainda que seja difícil de ver. Há pessoa por aí que podem ajudar. Todos merecem amor e alegria. Pedir ajuda mostra força e não debilidade. Há tanta gente por aí que está infinitamente feliz porque fazes parte da sua vida. Nunca penses que é melhor morrer”, continuou Maud, num claro sinal de alerta para os problemas de saúde mental.
Durante uma conferência sobre psiquiatria que decorreu recentemente no país, Maud foi relembrada e premiada pelas suas palavras naquele dia. “Na tua dor, escolheste partilhar. As tuas palavras chegaram com força a todos”, referiu a organização, que condecorou a filha mais velha de Ari Behn.