Em março, quando a pandemia já afetava toda a Europa, muitos foram os países que decretaram confinamento, pelo que muitas pessoas passaram a trabalhar a partir de suas casas ou deixaram mesmo de o fazer. Este foi o caso da rainha Isabel II, que aos 94 anos pertence ao grupo de risco, pelo que se retirou de Londres com o marido, o duque de Edimburgo, de 99 anos, e rumaram a Windsor.
Após esse período, a rainha e o marido estiveram em Balmoral, a residência de verão, onde todos os anos o casal real passa uma temporada. Terminado o verão, a expectativa sobre se a rainha regressaria ou não ao trabalho era grande, mas recentemente a Casa Real informou que nem o palácio de Buckingham nem o de Windsor irão acolher “eventos de larga escala”, porque “seguirão as linhas definidas pelo governo, como precaução pelas circunstâncias atuais”. Ainda que afirmem que foram investigadas “uma grande variedade de possibilidades para levar a cabo possíveis investiduras, tristemente e devido ao grande número de convidados, não foi possível encontrar um método seguro”, referiam, afirmando que todas as pessoas condecoradas serão contactadas.
Sabe-se agora que o casal não só não regressará ao palácio de Buckingham, como também se irá dividir, depois de largos meses juntos, provavelmente o maior período que passaram juntos desde há muitos anos. A rainha regressará a Windsor, onde poderá participar em pequenos compromissos oficiais, e o duque de Edimburgo ficará em Sandrigham, em Wood Farm, uma antiga quinta na qual gosta de passar alguns períodos desde que se retirou da vida pública, há três anos. Isto significa que, depois de quase sete meses juntos, Isabel II e o príncipe Philip deverão agora passar os próximos meses separados.
Esta divisão gerou alguma polémica, porque a ‘separação’ do casal exige também a divisão e aquisição de novos membros do pessoal que os acompanha. Há ainda outra polémica no que respeita à monarca britânica neste momento: segundo avança a imprensa internacional, foi pedido a cerca de 20 membros do staff que passem o Natal em Sandrigham, com a rainha, uma tarefa que exige que todos esses elementos não só não vejam as suas famílias no Natal, como ainda que fiquem quatro semanas afastados delas, tudo para evitar que tanto a monarca como o duque sejam contagiados pelo novo coronavírus.