
A saúde mental é um tema de grande importância para o príncipe William, pelo que participa diversas vezes em atos que promovem a importância da consciencialização do problema. O filho mais velho do príncipe Carlos falou recentemente sobre o tema no podcast “Time to Walk”, onde partilhou um momento traumático que viveu há alguns anos e que o marcou.
O caso aconteceu em 2017, quando o príncipe pilotava um avião de emergência, um papel que desempenhou durante um ano e meio. Num dia de trabalho no setor de saúde, ele e os seus companheiros deslocaram-se até um local onde tinha havido um acidente de viação, no qual a vítima era Bobby Hughes, um rapaz de cinco anos.
A criança estava a brincar com os amigos no exterior de sua casa, em Essex, quando foi atropelado por um condutor. William reconheceu que ao presenciar essa situação sentiu como se “o mundo inteiro estivesse a morrer” e que alguma coisa mudou dentro de si. “Foi como se alguém tivesse colocado uma chave numa fechadura e a tivesse aberto sem que eu tivesse dado permissão para isso”, afirmou.
Depois de auxiliar a vítima e a transportar para o hospital, o príncipe recorda que ficou a sentir-se mal durante várias semanas, um trauma que o fazia questionar-se a si próprio sobre o porquê de estar tão triste. “Simplesmente sentia a dor de todos, o sofrimento de todos. E esse não sou eu. Nunca tinha sentido isso antes”, referiu, garantindo que para recuperar desse momento foi muito importante ter partilhado aquilo que sentia com os colegas e falado com a família da criança, que ficou com lesões graves.
William ofereceu ajuda à família de Bobby e colocou à sua disposição meios para os ajudar. Além disso, três semanas após o acidente, escreveu-lhes uma cartar na qual manifestava o seu apoio, tal como a mãe do menino contou à imprensa britânica. “Foi incrível. Olhei-o nos olhos e, de facto, tem um coração amável. É encantador”, referiu.