Rania, rainha da Jordânia
Rania da Jordania tornou-se rainha aos 28, ao casar-se com o rei Abdullah. Elogiada por todo o mundo pela beleza e estilo, tornou-se um símbolo do seu país e dos valores democráticos ocidentais que nele são praticados
Grande promotora da educação e da independência femininas, a favor das quais criou, em 1995, a Fundação Jordan River, meio privilegiado de acesso ao mercado de trabalho para as jordanas, tem procurado projetar no mundo uma imagem moderna das mulheres árabes, que em tudo choca com o conservadorismo misógino do meio onde se move. E tem-no feito em intervenções públicas, em entrevistas – como a que deu a Oprah Winfrey em 2010 – e através das redes sociais, onde é muito ativa.
Victoria, princesa herdeira da Suécia
Quando em 1977 os reis rei Carlos Gustavo da Suécia e a rainha Sílvia tiveram o primeiro filho, sentiram que a lei de sucessão do país tinha de mudar. É que o primogénito do casal real era uma menina, e ditava a regra que apenas filhos homens poderiam reinar. A alteração foi aplicada em 1980 e Victoria tornou-se princesa herdeira numa cerimónia realizada em 1995, quando fez 18 anos.
Victória mudou a Suécia logo ao nascer, só por ser mulher. Com o passar dos anos, tornou-se um símbolo do progressismo e modernismo, tornando-se uma figura querida dos suecos, graças à personalidade empática e sorriso caloroso. É um dos grandes apoios do pai, ajudando-o nos seus deveres, e participando regularmente no Conselho de Relações Internacionais.
Mette-Marit, princesa da Noruega
Quando Haakon anunciou que pretendia casar-se com Mette-Marit causou um escândalo. Ela era ums plebeia, que trabalhou como empregada de mesa e modelo e, sobretudo, era mãe solteira de Marius Borg Høiby, nascido da sua relação com um criminoso que cumpria pena de prisão. Os noruegueses acharam a escolha pouco adequada para o futuro rei, mas a verdade é que ao longo dos anos a serena Mette-Marit, que se dedica a várias causas humanitárias e à promoção de iniciativas culturais, além de representar o sogro, o rei Harald em viagens oficiais, soube ganhar a estima dos súbditos e mostrar que está à altura de ser um dia rainha do seu país.
Haakon aceitou na sua vida também Maris Borg, como se fosse seu filho. O menino viviu desde os quatro anos coma mãe, o padrasto e os dois irmãos na quinta de Skaugum, que os príncipes herdeiros receberam de presente de casamento do rei Harald, até que recentemente foi viver com a namorada.
Letizia, rainha de Espanha
Agnóstica, republicana, sindicalista e de esquerda. É assim que Letizia é descrita no livro “Letizia Ortiz – uma Republicana na Corte do Rei Juan Carlos I”, do jornalista Isidre Cunill. Muitos analistas garantem que a mulher de Felipe VI nunca colocou de parte estas características. Traços que não seriam desejados de encontrar numa rainha espanhola e que levaram o agora rei a impor-se contra o próprio pai. A antiga jornalista, que era pivô do telejornal principal da TVE, era ainda uma mulher divorciada, o que aumentou o descontentamento.
Apesar de todas as polémicas, já enfrentadas, Letizia é considerada por quem a conhece uma perfeccionista quase obsessiva, que tem vencido todos os obstáculos e, sem atingir propriamente recordes de popularidade, cativa mais admiradores a cada ano que passa, sendo hoje vista como a grande renovadora e modernizadora da imagem da monarquia espanhola e um apoio fundamental para o marido.
Isabel II, rainha de Inglaterra
Isabel II tinha de surgir nesta lista. No trono há 70 anos, é a rainha há mais tempo no poder, sendo também uma figura muito estimada pelos britânicos e por cidadãos de outros países do mundo. Apesar dos escândalos associados à família real, revelou-se sempre uma mulher que colocou as responsabilidades da coroa no topo das prioridades.
Tornou-se rainha quando tinha apenas 25 anos, numa época em que as mulheres em lugares de poder era raras. Mas cedo provou estar à altura do cargo que assumiu, lidando com questões cruciais com sensibilidade e determinação. Podia não gerar consenso, mas ganhava cada vez maior admiração graças ao trabalho que fez e tem feito ao serviço da coroa. É considerada, por muitos, uma das mulheres mais poderosas das últimas décadas.