Após ter celebrado 20 anos no início do passado mês de dezembro, idade com que se atinge a maioridade no Japão, a princesa Aiko, filha do imperador Naruhito, deu recentemente a sua primeira conferência de imprensa, na qual se mostrou alegre e grata pelo apoio que diz estar a sentir nesta nova etapa da sua vida institucional que agora começa.
Vestida com um visual em tom bege, cabelo apanhado atrás, num rabo de cavalo e um colar de pérolas ao pescoço, a princesa, que não faz parte da linha de sucessão ao trono, devido à Lei Sálica que vigora no país, deixou claro que os seus planos para o futuro próximo se centram na sua educação.
Durante a conferência de imprensa, que decorreu no palácio de Quioto, a jovem princesa respondeu a todas as perguntas colocadas pelos jornalistas, tendo falado sobre os seus interesses, o que pretende fazer futuramente e sobre a mais recente ‘baixa’ na família imperial, a sua prima Mako, que após casar-se em outubro do ano passado perdeu o título e o estatuto.
“Por agora, darei prioridade aos meus estudos, mas farei todos os possíveis por ajudar Suas Majestades”, assegurou Aiko, que atualmente estuda literatura japonesa na Universidade de Gakushuin, em Tóquio. A filha dos imperadores Naruhito e Masako define-se como tímida, uma características que espera “superar dando o melhor” de si.
Entre os seus interesses estão a natureza, a música e o desporto. “Sempre gostei de me mexer, pelo que costumava ir correr com o meu pai e jogar ténis. Agora pratico badminton e voleibol”, revelou, tendo sido depois questionada sobre a sua prima mais velha, Mako, que deixou a Casa Imperial no passado mês de outubro, depois de se casar com Kei Komuro, tendo perdido o título.
“Era como uma irmã mais velha para mim. Desejo que seja sempre feliz”, afirmou, tendo sido questionada depois sobre a sua própria vida sentimental. “O casamento parece-me algo muito distante”, afirmou, revelando depois que, no seu entender, “a relação ideal é estar com alguém com quem possamos rir em conjunto”.
Por fim, Aiko deixou palavras de apreço aos pais. “Sempre estiveram próximos, interessando-se pelos meus sentimentos, em qualquer situação em que me encontrasse. E tive alguns problemas. Eles levaram-nos a sério e deram-me conselhos valiosos, respeitando as minhas opiniões, pensamentos e sentimentos. O grande amor e alento que recebi dos meus pais foi essencial nesses momentos”, referiu ainda, durante a conferência.