Acompanhado pela rainha consorte, Camilla, o rei Carlos III esteve na manhã desta segunda-feira, dia 12, no Parlamento britânico para participar numa moção de condolências pela morte da mãe, a rainha Isabel II, na passada quinta-feira, dia 8.
Durantes esta reunião, que decorreu no Westminster Hall, os membros da Câmara dos Lordes e da Câmara dos Comuns lamentaram a morte da soberana, momento após o qual o rei discursou, naquela que foi a primeira vez em que se dirigiu aos membros do Parlamento enquanto monarca.
A cerimónia começou pouco antes das 10 horas e a este momento assistiram, entre outras personalidades, a primeira-ministra britânica, Liz Truss, e o líder da oposição, Keir Starmer.
John McFall, membro da Câmara dos Lordes, recordou Isabel II como uma “mãe amada”, que deixará, “profunda saudade” ao novo rei. No seu discursou, sublinhou ainda o caráter alegre da soberana, e que se sentia “que o seu longo e inspirador caminho de liderança” seria eterno.
Já Lindsay Hoyle, presidente da Câmara dos Comuns, começou o seu discurso dirigindo-se a Carlos III, lamentando a morte da soberana. “É uma perda para todos nós, mas sobretudo, para si e para a família real. Por melhor que compreendamos a nossa dor, sabemos que a sua é mais profunda”, afirmou, acrescentando: “Ser rei e usar uma coroa é mais importante para os que a veem do que para os que a usam”, disse, acrescentando ainda que estava certo de que Carlos III assumiria as suas responsabilidades com a “força e dignidade” que a sua mãe sempre demonstrou.
No discurso, com Camilla a seu lado, Carlos III mostrou-se grato “pelos discursos de condolências da Câmara dos Lordes e da Câmara dos Comuns“. “Estou profundamente grato pelos discursos de condolências, que tão tocantemente se referem ao que a nossa falecida Soberana, a minha amada mãe, a Rainha, significou para todos nós. Como Shakespeare diz sobre a antiga rainha Elizabeth, ela era ‘um padrão para todos os príncipes vivos’.
“Quando a rainha era muito jovem, comprometeu-se a servir o seu país e defender os princípios de governo constitucional que estão no coração de nossas nações. Manteve este voto com uma devoção insuperável. Ela deu um exemplo de dever altruísta e, com a ajuda de Deus e o seu conselho, estou disposto a segui-lo fielmente”, continuou.
“Estando hoje diante de vós, não posso deixar de sentir o peso da história que nos cerca e que nos lembra das vitais tradições parlamentares às quais os deputados de ambas as Câmaras se dedicam, com tanto empenho pessoal, para o bem de todos nós“.
No final, e antes de abandonarem o local, foi entoado o hino” God Save the King”.