Nos últimos anos, a tendência das famílias reais é a de terem um núcleo cada vez mais restrito, uma vez que menos membros se traduz em menos gastos. Por esse motivo, no final de setembro, a rainha Margarida da Dinamarca comunicou que iria retirar os títulos de príncipes aos quatro filhos do príncipe Joaquim, que passaram a poder utilizar apenas os títulos de condes e condessa de Monpezat.
As medidas tomadas, que afetam diretamente quatro dos oito netos da monarca, Nikolai, Felix, Henrik e Athena, entram em vigor em janeiro de 2023. Contudo, a rainha confirmou que a linha de sucessão se mantém inalterada, pelo que, atualmente, Nikolai ocupa o sétimo lugar, Felix o oitavo, Henrik o nono e Athena a décima posição.
No entanto, e apesar de a monarca garantir que a decisão foi tomada a pensar no bem-estar dos netos e no seu futuro, as medidas tomadas não foram bem vistas por todos. A perda dos títulos bem como do tratamento de Alteza criou um mal-estar dentro da família real e, tanto o filho mais novo de Margarida, como a nora e o seu neto mais velho a mostraram descontentamento e desilusão pela atitude tomada.
Agora, Joaquim reuniu-se com a mãe pela primeira vez. O príncipe, de 53 anos, que se mudou para Paris há três, confessou ao jornal dinamarquês BT que a relação com a a restante família real é “complicada”. A reunião foi confirmada pela Casa Real. “Todos concordam em olhar para frente e, como a própria rainha expressou, ela e o príncipe Joaquim querem calma para encontrar o caminho para esta situação “. Após a reunião, o príncipe regressou a Paris.
Recorda-se que, na passada segunda-feira, dia 3 de outubro, a monarca dinamarquesa pediu publicamente desculpa aos netos, mas garantiu que as medidas tomadas serão implementadas. “Nos últimos dias, houve fortes reações à minha decisão sobre o uso futuro de títulos para os quatro filhos do príncipe Joaquim. Isso obviamente afeta-me. A minha decisão demorou muito para ser tomada. Com 50 anos de reinado, é natural olhar tanto para o que já passou quanto para o que aí vem. (…) Às vezes é preciso tomar decisões difíceis e será sempre complicado encontrar o momento certo.”, referiu.