Na última segunda-feira, dia 14, a Casa Real dinamarquesa comunicou que nenhum membro da família real irá marcar presença no Mundial do Qatar. Estava previsto que o príncipe Frederico, herdeiro do trono dinamarquês, estivesse nas bancadas a apoiar a seleção, mas após várias polémicas em torno dos Direitos Humanos – mais concretamente no que respeita às condições desfavoráveis para os trabalhadores que construíram os estádios que vão acolher o evento -, o filho mais velho da rainha Margarida decidiu não marcar presença na competição, que arranca no próximo domingo, dia 20 de novembro e termina a 18 de dezembro.
Para além de nenhum membro da família real dinamarquesa estar presente quando a seleção disputar a Mundial, prevê-se que também não haja membros do Governo nas bancadas, uma vez que a ministra da Cultura, Ane Halsboe-Jørgensen, confirmou que a Dinamarca não estará oficialmente representada durante o evento mundial.
Na mesma segunda-feira em que anunciou que não estaria no evento, Frederico esteve com alguns membros da seleção dinamarquesa, bem como o selecionador, Kasper Hjulmand. O encontro foi partilhado na conta de Instagram da Casa Real e o príncipe fez questão de expressar o seu apoio à equipa, que partiu no dia seguinte para o Mundial, referindo que tem “grandes esperanças” para seleção dinamarquesa e que esta “está a jogar bem”.
O herdeiro ao trono dinamarquês não é o primeiro membro da realeza que confirma que não vai estar presente. Antes dele, o rei Guilherme da Holanda anunciou que também não viajaria para o Qatar para assistir aos jogos, pelo menos durante a fase de grupos do Mundial, não descartando completamente a possibilidade de ir apoiar a seleção holandesa posteriormente, caso esta avance para as próximas fases. Assim, numa inicialmente, o rei holandês irá enviar, para representar o seu país, a ministra do desporto, Conny Helder.
De recordar que as várias declarações polémicas que alegam violação de Direitos Humanos e más condições de trabalho no Qatar já levou a que várias denúncias fossem feitas, tendo muitos trabalhadores perdido a vida durante a construção dos estádios.