O príncipe Harry perdeu uma batalha legal com a qual pretendia recuperar a proteção policial especial a que tinha direito até ter deixado o Reino Unido e que o governo britânico lhe retirou em fevereiro de 2020.
Na condição de filho do rei Carlos III e quinto na linha de sucessão ao trono, ou seja, com o pressuposto de ser uma pessoa de interesse, e tendo em conta que ele e a mulher, Meghan Markle, sofreram algumas ameaças à sua segurança enquanto viviam em Inglaterra, além da habitual perseguição dos paparazzi, o príncipe considerava que tinha direito a essa proteção especial – a qual pretendia pagar – quando se deslocasse ao Reino Unido sozinho ou com a família, que inclui os dois filhos, Archie, de quatro anos, e Lilibet, de dois, mesmo não sendo membro ativo da coroa.
Não foi esse o entendimento do Tribunal Superior de Londres, ao qual recorreu, que chumbou esse pedido numa decisão conhecida esta quarta-feira, dia 28. Harry, de 39 anos, tinha pedido para ser autorizado a pagar proteção policial alegando que os seguranças privados a que tem acesso não lhe garantiam o nível de segurança que considerava necessário, mas o pedido foi recusado.
Recorde-se que em 2023 o antigo chefe da polícia antiterrorista britânica confirmou que tinham sido feitas ameaças credíveis contra os duques de Sussex por ativistas da extrema-direita, uma das razões que levam o príncipe a considerar necessária uma proteção qualificada como a da polícia britânica. E não é alheia a esta preocupação o facto de a mãe, a princesa Diana, ter morrido em Paris num acidente de carro na sequência de uma perseguição de paparazzi.
Harry continuará, assim, a ter de usar os seus seguranças pessoais nas deslocações ao Reino Unido, como terá acontecido no início deste mês, quando fez uma breve visita ao pai depois de se ter sabido que este está com cancro.