Maria da Luz Sequeira: “Nunca me senti discriminada por ser mulher”
É farmacêutica por profissão e paixão e continua a dedicar a sua vida às necessidades dos doentes
Maria da Luz Sequeira: “Nunca me senti discriminada por ser mulher”
Quem por ela passa, seja nos corredores da Assembleia da República, seja noutros locais conotados com a vida política – onde, enquanto membro da direcção da Plataforma Saúde em Diálogo, que defende, acima de tudo, a participação do doente no sistema de saúde português, se debate pelas necessidades dos doentes -, não imagina que por detrás desta mulher firme e determinada na luta pelos seus ideais está uma farmacêutica empenhada, que ainda hoje veste a bata na sua própria farmácia e não consegue recusar um medicamento a quem não pode pagá-lo. Maria da Luz Sequeira, farmacêutica de profissão e paixão, tem como um dos pontos altos da sua carreira o momento em que Jorge Sampaio, então Presidente da República, a distinguiu com a Ordem de Mérito e o título de Comendadora. O amor pela área profissional a que se dedicou é partilhado pela filha, Vera Costa Santos Toregão, que, aos 29 anos, é já o braço direito da mãe na farmácia. – A decisão de ser farmacêutica teve que ver com alguém da sua família?Maria da Luz Sequeira – Não tenho ninguém na família ligada a esta área. Foi uma decisão minha seguir este caminho. E fico feliz, porque hoje ainda trabalho como farmacêutica na minha farmácia. – Mas não quis ficar apenas atrás do balcão e actualmente tem um papel bastante interventivo na área da saúde em Portugal…- As coisas foram surgindo e, quando gostamos do que fazemos, tudo acontece com naturalidade. Hoje estou ligada à Associação Nacional de Farmácias, que representa a classe farmacêutica e proprietários de farmácias. E estou ligada à Plataforma Saúde em Diálogo, que junta associações de doentes, de promotores de saúde, de consumidores, com os farmacêuticos.