Rita Pereira dá duas a três entrevistas por ano. Esta é a primeira de 2010 e nela a actriz fala da polémica em volta da sua separação de
Angélico, nega o suposto romance com o actor
Rodrigo Menezes, conta como reagiu à separação dos pais e fala ainda da sua ida para Nova Iorque.
– É raro dar entrevistas. Porquê?
Rita Pereira – Por duas razões. Primeiro, porque é raro ter dias de folga, e, quando as tenho, prefiro ficar em casa a dormir. Depois, porque acho que uma, duas ou três entrevistas por ano são suficientes para esclarecer o que vou fazer naquele ano. Tudo o resto, as pequenas notícias ou pequenas entrevistas que são feitas nos eventos, são também suficientes para actualizar aquilo que vai acontecendo. Estas grandes entrevistas que faço pontualmente são em geral para esclarecer assuntos que se arrastam. Foi o caso da anterior, que fiz para a
TvMais, sobre a polémica do fim do namoro com o Angélico. Foi só e apenas para esclarecer isso. E agora resolvi fazer esta porque já não o fazia há muito tempo e, principalmente, porque confio na CARAS e sei que não vão fazer desta entrevista uma polémica.
– Mas concorda que a sua entrevista à TvMais, onde admitia que ainda amava o Angélico, gerou ainda mais polémica?
– Não concordo por uma razão: porque a partir daí deixaram de me incomodar. Nunca mais ninguém me fez perguntas sobre o Angélico. Senti-me bem ao dar aquela entrevista e acho que os frutos foram benéficos para mim. Não estou nada arrependida.
– Não acha que se expôs demasiado?
– Não é uma coisa que tenha que ver com a minha personalidade, expor-me dessa maneira, nem nunca teve, e as pessoas que me conhecem sabem disso. Mas houve uma saturação desse assunto e do facto de me tentarem sempre arranjar namorados novos. Conversei com vários amigos e com alguns jornalistas com os quais me dou bem e juntei a essas opiniões o meu sexto sentido. Concluí que as coisas assim iriam acalmar e não me arrependo nada.
– O assunto Angélico é, portanto, um assunto resolvido?
– Para mim, é.
– Mas continua a amá-lo ou os seus sentimentos mudaram desde essa entrevista?
– Em relação a isso, não falo mais. Não vou responder. Depois ainda li comentários do género: "Esta é a última entrevista que ela dá… até à próxima." Portanto, nem que seja por ouvir esses comentários, mantenho-me firme e digo que não falo mais sobre isso. Para mim, esse assunto está encerrado para a imprensa. A minha vida privada vai continuar a ser como era antes de terminar o namoro e dar essa entrevista: privada. Posso dizer que, neste momento, sinto-me tranquila, sinto-me feliz e penso que isso se nota. Pelo menos, as pessoas têm-me dito isso. Estou a dedicar-me à minha carreira, que está a correr muito bem, e deixei esse assunto de lado para a imprensa. Estou de bem com a vida.
– Agora que está mais tranquila, já consegue pensar na possibilidade de se apaixonar outra vez?
– Acho que ainda não. Estou no período zen e não penso muito nisso. Não estou à procura de ninguém, e, ao mesmo tempo, não deixo que ninguém se aproxime muito de mim. Estou a viver a minha vida de solteira zen.
– Depois do fim do namoro com o Angélico, sente que ficou mais fechada? Sente-se mais prudente em relação às pessoas?
– Eu nunca tinha sido simultaneamente solteira e figura pública. Para mim, é uma novidade. Portanto, não sei se fiquei mais fechada, se calhar sim… porque fico de pé atrás. Penso: será que as pessoas me estão a abordar porque sou a Rita Pereira? Ou porque acham, realmente, que eu posso ser interessante? Mas também não estou virada para aí, para ter uma nova relação. Quando tiver de ser, será. Não estou à procura de ninguém nem quero que ninguém se aproxime de mim. Neste momento, estou bem assim, sozinha.
– No entanto, saíram algumas notícias que diziam que a Rita tinha um romance com o actor Rodrigo Menezes, seu colega na novela Meu Amor…
– Isso é ridículo. Nós somos amigos, damo-nos superbem. Já é a segunda novela que fazemos juntos e como casal, e querendo ou não, claro que as pessoas ganham uma afinidade diferente. Gravamos juntos 12 horas por dia. Ele é mesmo uma pessoa muito querida, mas não temos nada que ver um com o outro.
– A Rita e o Angélico já viviam juntos, certo? Como é viver sozinha agora?
– Sim, vivíamos juntos. E antes do Angélico tinha vivido com amigas. Aí não varia muito. Mas é verdade que é um pouco diferente agora, foram cinco anos a vivermos juntos. É chegar a casa e não ter ninguém à minha espera… Mas habituei-me ou, melhor, começo a habituar-me. Se calhar foi por isso que comprei um cão, para não me sentir tão sozinha. A Índia faz-me muita companhia, levo-a para todo o lado.
– Apoiou-se nos seus pais para superar esta fase menos boa?
– Sim, eles são o meu grande apoio. Sou muito ligada aos meus pais e à minha irmã. Não conseguiria viver sem eles. Por exemplo, agora que decidi mesmo ir viver para os Estados Unidos, a única coisa que me faz hesitar são as saudades que vou sentir deles. Sempre fomos uma família muito unida.
– Os seus pais ainda estão juntos?
– Não, separaram-se quando eu tinha 16 anos…
– A separação deles ‘apanhou-a’ na fase complicada que é a adolescência… Reagiu mal?
– Não, até porque nunca vi os meus pais discutirem, nunca vi aquelas guerras que por vezes chocam as crianças. Aceitei bem a separação deles, dentro do possível. Foi uma coisa que se passou tranquilamente na minha vida. Foi só o choque de saber que eles se iam separar e não o de pensar: ‘E agora, o que vai ser a minha vida?’ Tenho o meu pai e a minha mãe na mesma, eles estão vivos e de boa saúde, estou com eles todas as semanas…
– Portanto, não foi traumatizante?
– Não, foi tranquilo. Mesmo para a minha irmã, que tinha dez anos. Ela também percebeu e eu expliquei-lhe: "Joana, os pais vão-se separar, nós continuamos a ver o pai e a mãe, portanto, está tudo igual, só que não estamos na mesma casa todos juntos."
– Ficaram a viver com a vossa mãe?
– Não, ficámos a viver com o nosso pai, devido ao trabalho da minha mãe. Ela trabalha na Santa Casa da Misericórdia com crianças abandonadas e, dia sim, dia não, tem de lá dormir. Aquilo não é uma escola, é como se fosse um ‘orfanato’, e ela é a mãe deles. E não ia deixar uma miúda de 16 anos e outra de dez sozinhas em casa, por isso, resolvemos ficar com o meu pai. Mas víamos a minha mãe praticamente todos os dias.
– A separação aproximou-a mais da sua irmã?
– Sim, sem dúvida, fui a segunda mãe dela, apesar do meu pai ter sido muito dedicado. Ele cozinha muito bem e tem todas as qualidades de uma ‘mãe’, mas, sim, aproximou-nos muito, temos uma ligação muito próxima. A minha irmã é a minha única verdadeira amiga e a única pessoa, para além dos meus pais, em quem confio a 200 por cento.
– Como é que a sua família viu toda essa história do Angélico exposta nas revistas?
– Os meus pais são muito compreensivos, não interferem e sempre me disseram: "Faz o que te fizer feliz." De resto, nunca me perguntaram o que é que aconteceu… Disseram que estavam do meu lado no que quer que fosse. Eles gostavam e gostam muito do Angélico, e, no que ele precisar, terá o apoio deles. Assim como os pais do Angélico comigo. Ao contrário do que é dito nas revistas, sou muito amiga da mãe dele e dou-me muito com ela. Isto porque a amizade ia e vai para além do nosso namoro. Há sentimentos que não se perdem. Nos cinco anos que eu e o Angélico vivemos juntos, em dois deles vivi com a mãe dele, vivíamos os três.
– Mudando de assunto: está mesmo decidida a ir viver para Nova Iorque como disse?
– Sim. Estou 100 por cento decidida a ir viver para Nova Iorque. Quando acabar a novela, ainda fico cá mais uns meses, e pretendo começar o curso em Setembro. Portanto, devo ir no final de Agosto, início de Setembro.
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