Após ter sido mãe, há quatro meses,
Cláudia Vieira recuperou o ‘estatuto’ como uma das mulheres mais sensuais do País. Desde que
Maria nasceu, a 5 de abril, a apresentadora tem-se esforçado –
"mas não muito", confessa – para voltar à sua antiga forma física. Dos cerca de 13 quilos que ganhou com a gravidez, Cláudia conta que já só lhe falta perder três. O segredo? Amamentar, receber massagens drenantes, fazer carboxoterapia e frequentar o ginásio três ou quatro vezes por semana.
– Ser mãe é mais do que aquilo que alguma vez imaginou?
Cláudia Vieira – Ser mãe é amar mais do que alguma vez achámos possível; é uma sensação de que a vida só faz sentido se passarmos por esta experiência. Acima de tudo, acho que é impossível definir o que é ser mãe: é algo que tem tanto de comum como de especial.
– A Maria fez quatro meses. Como têm sido?
– Estes meses estão a ser a melhor fase da minha vida, com tudo o que implica uma gravidez e o pós-parto, como o descontrolo hormonal e outras coisas. A Maria era aquilo que faltava. As coisas têm corrido muito bem a nível profissional, a minha relação é muito estável e não me dá preocupações, a minha vida social é tranquila e dá-me muito prazer… Faltava-me constituir família, e está a ser genial. Está a saber-me muito bem viver esta maternidade, aprender a ser mãe.
– Há muitas mulheres que sofrem de depressão pós-parto. É o seu caso?
– O que eu tenho sentido é tal e qual como na gravidez: tenho a sensibilidade mais à flor da pele. Às vezes aborreço-me por motivos que não são fortes, o que ‘cai’ mal, ‘cai’ mesmo muito mal e o que é bom é muito bom. Hormonalmente ainda não me sinto estável, mas não me parece que possa vir a sentir depressão. Ainda por cima estando já a fazer uma coisa que adoro, que é começar a trabalhar num programa que me deu tanto gozo
[Ídolos] e saboreá-lo sem estar grávida. Estou a passar uma fase muito boa.
– Dizem que o nascimento do primeiro filho acentua as diferenças do casal e o facto de a mulher se dedicar mais à criança pode prejudicar a relação. Tem sido assim?
– Tem que haver uma boa gestão. Acho que a mulher, realmente, se foca muito no bebé e esquece-se um bocadinho de si própria, não só do casal. Há que ter consciência disso e, se calhar, abdicar de um tempo com o bebé para se dedicar à vida do casal, para organizar alguma coisa a dois. Eu e o
Pedro temos tentado fazer essa gestão, continuamos a namorar bastante, naturalmente que de uma forma diferente, porque de repente a Maria chora e lá está outra vez a nossa atenção virada para ela. Mas não sinto que a nossa vida de casal saia lesionada, muito pelo contrário.
– Saiu reforçada?
– Exatamente. Não que precisássemos da Maria para nos unir mais, mas sentimos que estamos a criar a nossa família e isso é muito especial. E, acima de tudo, o Pedro é a pessoa certa para eu dar este passo e ser o pai dos meus filhos. O nosso amor mantém-se igual, sentimos é que criámos mais um espaço para amar a Maria.
– Mudando de assunto: a Cláudia conseguiu emagrecer rapidamente. Fez tratamentos?
– O facto de estar a amamentar implica não poder fazer muita coisa a nível de tratamentos de clínica, só tenho feito massagens drenantes. Comecei quando a Maria já tinha dois meses, porque até aí foi complicado ter tempo para me afastar dela. Entretanto, vou começar a fazer outro tratamento, carboxoterapia.
– E ginásio, faz?
– Comecei a fazer a partir dos dois, três meses, em média três ou quatro dias por semana, durante cerca de duas horas. De resto, acho que a genética conta muito, tal como o facto de sempre ter feito muito exercício físico. E amamentar também ajuda a emagrecer: nestes quatro meses a Maria alimentou-se exclusivamente do meu leite.
– Quantos quilos engordou com a gravidez e quantos já perdeu?
– A Maria nasceu um mês antes do suposto e não sei exatamente qual era o meu peso, mas duas semanas antes já tinha engordado 12 quilos. Sou muito descontraída nesse aspeto, não ando a controlar o peso… há uns 15 dias ainda me faltavam perder cerca de três, quatro quilos. Isto está a acontecer tudo de uma forma muito natural. Não estava preocupada em ter já o peso anterior à gravidez quando começasse a gravar o
Ídolos.
– Sei que leva a Maria sempre consigo para as gravações do programa. Porquê?
– Começou por se dever ao facto de estar a amamentar, mas neste momento é também porque nos faz bem às duas. Mesmo assim já estamos afastadas umas horas enquanto trabalho… Sabe-me bem e faz-me muita falta senti-la próxima de mim. Acaba por ser impensável estar quatro ou cinco dias longe dela.
– Parece muito dependente da Maria…
– Estou dependente dela e ela de mim. Acho que o afastamento tem de ser gradual. Mas faço muita questão, nesta fase, de estar sempre próxima dela. Não o faço só por ela, faço-o por mim também.
– O Pedro também é assim?
– Acho que é inevitável os pais serem um pouco menos dependentes. Não que o Pedro seja um pai desligado, muito pelo contrário, é superpresente, já ficou com ela dias inteiros, é muito desenrascado, tem sido incrível, eu não estava a contar com tanto à vontade por parte dele a lidar com uma bebé. Mas ele também não consegue estar longe da filha durante dias, só um ou dois no máximo.
– É verdade que estão a pensar casar-se no dia em que batizarem a Maria?
– Não há nada de concreto, mas isso já nos passou pela cabeça, não sei se vai concretizar-se. Ainda não estamos a preparar nada, mas seria uma situação engraçada. Não é uma coisa essencial, mas gostávamos de nos casar e, se calhar, juntávamos o útil ao agradável. Num dia de festa tão especial para nós como será o batizado da nossa filha, celebrarmos o nosso casamento também seria importante.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.