No dia-a-dia, Cláudia Vieira, de 35 anos, assume-se como uma mulher “descontraída e natural” que faz questão de viver sem “planos muito concretos.” Contudo, esta sua atitude não a impede de ser uma atriz que gosta de enfrentar novos desafios, sem medo de se expor ou de se pôr à prova. Foi esta ambição natural, que a obriga muitas vezes a sair da sua zona de conforto, que a levou a ter formação para interpretar a Andreia Teles de Aragão, a sua personagem na novela da SIC Sol de Inverno, cuja estreia está marcada para esta segunda-feira.
Apesar de estar a apostar muito neste desafio profissional, Cláudia assegura que tem tido tempo para desfrutar do seu papel de mãe e de mulher. A viver uma relação feliz há quase nove anos com o ator Pedro Teixeira, a atriz garante que o ser mãe de Maria, de três anos, mudou a forma como encara a vida e não esconde o desejo de ter outro filho.
– Na novela da SIC Sol de Inverno, a Cláudia interpreta a sua primeira vilã. Como está a correr este novo desafio?
Cláudia Vieira – A Andreia é uma vilã especial, porque não é a verdadeira vilã da história. É uma mulher muito ambiciosa, atenta e perspicaz que não olha a meios para atingir os seus objetivos. Mas ela tem um fundo bom e é amiga de algumas personagens. Tem é as prioridades um bocadinho trocadas.
– É uma personagem muito diferente da Cláudia…
– Sim, sem dúvida. Tem objetivos muito distintos dos meus e não temos características em comum. Mesmo a postura dela é muito diferente da minha. Eu sou muito mais descontraída e natural. E, por tudo isso, tem exigido de mim uma composição da personagem muito maior, o que me levou a fazer coaching com o diretor artístico António Terra. E é incrível gravar cenas que já tinha trabalhado com ele! É bom para um ator ir experimentando novas ferramentas que o obrigam a explorar fora das suas zonas de desconforto. Vou querer prolongar esta formação ao longo da novela, porque está a ser muito bom para mim como atriz.
– E esta Andreia deixa-lhe espaço para novos projetos?
– Sim, deixa. Quero continuar a ter a oportunidade de estar em bons projetos, de fazer coisas que me desafiem… Gostava, por exemplo, de ter um maior contacto com a apresentação. Também quero fazer mais teatro e cinema. Mas não faço planos concretos. Quero ter novos desafios, porque gosto de me pôr à prova. Faz-me bem desafiarem-me. Tenho uma constante necessidade de me superar, seja a fazer uma personagem ou na apresentação. Gosto de arriscar e de testar os meus limites. Só assim se aprende. Não me deixo ficar confortável com o que já tenho.
– Aos 35 anos, já sabe muito bem quem é o que quer ou ainda está um bocadinho à procura?
– Mais ou menos. Sei exatamente quem sou e aquilo que quero, mas não deixo de ter mil dúvidas e de questionar tudo! Mas sinto que ser mãe deu-me consciência do que é realmente importante.
– Sente que ainda tem muitas coisas de ‘miúda’?
– Sim, tenho mesmo. Aliás, até me vejo com menos idade! Muitas vezes ainda me sinto quase adolescente…
– Numa entrevista anterior, confessou que gostava que o seu segundo filho não tivesse uma idade muito distante da Maria.
– Mas já vai ter…
– Os desafios profissionais têm-na levado a adiar a realização desse sonho pessoal?
– Têm. Tinha muita vontade de ter sido mãe mais cedo, mas achei que seria bom consolidar a minha carreira e acabei por ter a Maria mais tarde do que desejava. E sempre disse que gostava que ela tivesse um intervalo pequeno do irmão. Isso já podia ter acontecido, mas senti que depois da Maria Mayer [papel que interpretou em Rosa Fogo] era importante ter uma personagem com menos incidência na novela para poder saborear a representação de uma outra maneira. E por isso temos vindo a adiar o segundo filho. Mas lido bem com isso, porque hoje em dia podemos ser mães até mais tarde.
– E assim até pode acompanhar de uma forma mais plena estes primeiros anos da Maria…
– Sim. E sinto que neste último ano aproveitei ao máximo a minha filha. É viciante estar com ela, sobretudo nesta fase tão gira!
– No dia do seu aniversário, o Pedro publicou na sua página do Facebook uma imagem muito romântica dos dois. É fácil manter o romantismo numa relação com quase nove anos?
– É fácil, porque de facto o Pedro é muito romântico. Temos vidas muito atribuladas e não é fácil fazermos a gestão do dia-a-dia. Mas como sempre foi assim, sabemos lidar muito bem com isso. E aprendemos a valorizar muito o outro, a nossa relação e a nossa família. Por isso tem sido fácil alimentar este romantismo. Estamos sempre em sintonia, mesmo que os nossos horários de trabalho não estejam.
– Recentemente, a Cláudia foi eleita pela L’Oréal Paris para ser a mulher Elnett Lisíssimo e dar a cara por esta laca. Acredito que faça muito bem ao ego estar a representar uma marca que tem como imagem algumas das mulheres mais bonitas do mundo…
– Sim, faz muito bem ao ego representar as mulheres e a beleza. Fiquei muito contente por ter sido escolhida. A laca Elnett faz parte da minha vida desde sempre. A minha avó sempre gostou de se arranjar e usava esta laca, um hábito que passou para a minha mãe e para mim.
Cláudia Vieira confessa: “Gosto de arriscar e de testar os meus limites”
A atriz conversou com a CARAS sobre os seus novos desafios profissionais.
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