Dois dias, dois recordes, ou o retrato da vida de um astro. Cristiano Ronaldo terminou a noite de quarta-feira como o primeiro jogador da história a marcar em todos os seis jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões, e hoje, menos de 24 horas depois, igualou Messi como recordista de Bolas de Ouro, cinco no total. E já avisou: “quero ter sete filhos e outras tantas Bolas de Ouro“.
A cerimónia de entrega do prémio de melhor jogador do mundo, atribuído pela revista France Football, decorreu na Torre Eiffel, em Paris, e fez o português escalar mais um degrau rumo ao Olimpo. A vitória não foi propriamente surpresa, já que 2017 correu de feição ao madeirense: além dos golos em catadupa, Cristiano e o Real Madrid ganharam a Liga Espanhola e sagraram-se bicampeões da Liga dos Campeões, um feito inédito (mais um) no atual modelo da competição.
A votação é feita de acordo com critérios como o desempenho individual e coletivo, o talento e fair-play do jogador e a respetiva carreira. Num total de 30 finalistas, Cristiano Ronaldo bateu largamente a concorrência – que este ano não incluiu mais nenhum atleta português -, tal como já tinha feito em outubro com o The Best, entregue pela FIFA, autoridade máxima do futebol europeu.
Recorde-se que a história de Portugal com o troféu da France Football começou em 1962, quando Eusébio se tornou um dos finalistas, ainda que só tenha ganho a distinção máxima três anos depois (1965), voltando a atingir o pódio em 66. Quase quarenta anos depois, em 2000, foi Luís Figo a dar sotaque luso ao prémio francês, até que em 2008 entrou em cena CR7: depois dessa primeira vitória, Ronaldo recheou o museu pessoal com as de 2013, 2014, 2016 (ano em que ajudou a Seleção Nacional a conquistar um também inédito Campeonato da Europa) e agora 2017. Nos anos em que não ganhou, foi o argentino Messi a levar os prémios. Agora que estão os dois juntos a escrever a história do desporto, o português não se cansa de avisar que não quer ficar por aqui. Quem duvida?