Eliza Dushku acusou Joel Kramer de abuso sexual na sua página do Facebook. A atriz tinha, na altura, 12 anos e o homem 36. Kramer era o coordenador de duplos de A Verdade da Mentira e o responsável pela segurança nas gravações do filme de ação.
Depois de Kramer negar todas as acusações, várias pessoas vieram já confirmar o relato da atriz. É o caso da antiga agente de Dushku, JoAnne Colonna. No relato que partilhado no Facebook, lê-se que Eliza contou a “uma amiga adulta” que terá ido ao set de gravações confrontar Kramer. Sabe-se agora que Colonna era essa amiga e que, na época contactou Rae Sanchini, a produtora executiva do filme.
Para além das acusações de abuso, e ainda antes do episódio descrito, Colonna já tinha apresentado queixas sobre o uso de linguagem sexual à frente da menor, algo que Eliza partilhou na publicação em que fez a denúncia. A atriz diz que era comum Kramer chamar-lhe “Jailbait” em frente a outras pessoas, palavra que é usada em inglês para descrever uma pessoa, que, pela lei, é considerada menor de idade para consentir em atos sexuais. O uso da expressão pressupõe, por norma, que uma pessoa maior de idade a ache sexualmente atrativa.
“Ninguém fez nada“, diz Colonna, que refere que se lembra de a reação de Sanchini ter sido algo como “o que é que estava uma miúda de 12 anos a fazer com a equipa à noite?“
Também Sue Booth Forbes, a responsável legal pela atriz no set em 1994, diz que reportou a má conduta de Kramer. Ter-se-á dirigido “a uma pessoa de autoridade” e admite agora ao Deadline que essa pessoa talvez tenha sido a produtora. “Tive a sensação de que não estava a dizer nada que a pessoa já não soubesse“, confessa.
Rae desmente e, em declarações à mesma publicação, diz que “não sabia de nada, nem de nenhuma queixa de assédio ou abuso sexual a Eliza. Se soubesse, teria tomado medidas imediatas e vigorosas“.
Joel Kramer era o responsável pela segurança nas gravações do filme de ação, e a atriz conta que, “por uma coincidência nada pequena“, no dia em que Colonna foi confrontá-lo, terá partido várias costelas e passado a noite no hospital.O acusado diz que não se lembra de Eliza ter-se magoado ao ponto de partir ossos e desmente toda a história.
Kramer foi entretanto demitido pela agência que o representava, em consequência das acusações.