
Luís Coelho
“Tens um perfil porreiro.” O ponto de partida para Ricardo Oliveira singrar no mundo da moda começou com esta frase, dita por um booker na rua, quando ainda era adolescente, há mais de uma década. Apesar de ter estudado Cenografia, Design e Marketing, foi esta indústria que lhe abriu horizontes e o levou em viagem pelo mundo: Istambul, Atenas, Londres e Hamburgo foram algumas das cidades onde já trabalhou.
Ser modelo é a sua grande paixão, mas no último ano abraçou um novo desafio como ator, na novela da SIC Vidas Opostas, com o qual está muito satisfeito.
Sobre o fim do namoro com a atriz Sara Prata, Ricardo mostra-se sereno. “Ficou tudo bem resolvido entre nós, não há razão nenhuma para o contrário. Tivemos uma relação saudável de dois anos e meio. Mantemos a amizade”, revela.
– Quando é que teve a primeira experiência na moda?
Ricardo Oliveira – Sempre adorei roupa e, na adolescência, tinha amigos modelos. Queria ganhar mais algum dinheiro, por isso, aos 17 anos, fiz a minha primeira ModaLisboa. Ao mesmo tempo, o que me despertou mais interesse foi o facto de poder estar sempre a viajar e em contacto com outras culturas. Ser modelo é a profissão certa para isso. É uma experiência que o dinheiro não paga.
– Gosta desta vida de andar a saltitar de um lado para o outro?
– Sim, muito. É bom limpar a cabeça daquilo que é a nossa rotina. Apesar de também gostar muito de estar em casa. Sinto-me confortável junto dos meus pais e da minha família.
– Como é que a moda lhe permite apostar na representação?
– Neste momento, a minha ocupação é diferente, o que não impede que faça moda. É um trabalho que exige muito tempo e concentração, mas quando não estou a gravar tento organizar os horários para conjugar com os trabalhos de moda. Por exemplo, já fui à Alemanha duas vezes desde que comecei a gravar a novela.
– A mudança foi forçada?
– Não. Aconteceu de forma natural, o que é muito positivo. Nunca senti pressão para sair da moda e ir para outra área. Este convite surgiu depois de ter feito uma participação especial na novela Coração d’Ouro, há cerca de um ano. Foi muito engraçado.
– Está feliz com este projeto?
– Muito, é ótimo estar a trabalhar e sempre a aprender. Isso acontece em todas as profissões, mas aqui é de uma forma mais aberta. Tenho sentido a minha evolução. Esta profissão ajudou-me a ver as coisas de outro ponto de vista, a acalmar-me, a concentrar-me, a aprender a respeitar o tempo dos outros. E é muito importante poder começar do zero e ver o que consigo fazer agora. Entrei na representação como uma esponja, absorvi tudo. Gosto muito de representar, mas o que mais me fascina são os bastidores. Ser ator é uma profissão de procura e entrega.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 2001 da revista CARAS.
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