Escritor, jornalista, cronista, compositor, letrista e produtor musical, Nelson Motta é, acima de tudo, um dos nomes maiores da cultura brasileira das últimas cinco décadas. Nove anos depois de ter editado Força Estranha – Dez Histórias e Um Mistério! no Brasil, o autor lança agora esta obra em Portugal, país que o apaixona e no qual tem vários amigos. Prova disso foi o facto de a livraria Ler Devagar, na LX Factory, ter sido pequena para receber as dezenas de admiradores que quiseram assistir à apresentação deste livro. Um deles foi José Eduardo Agualusa, que partilhou com a plateia o fascínio que sente pelo autor brasileiro: “O Nelson é tudo aquilo que eu gostaria de ser, é um dos meus heróis. Ele é um grande criador. É um homem com mundo e com uma vida muito rica, e isso sente-se quando lemos os seus livros. Toda a gente gosta dele. O Nelson Motta é uma instituição no Brasil.”
Quem também revelou ser grande admiradora do autor brasileiro foi Margarida Rebelo Pinto: “O Nelson é meu amigo há mais de 20 anos. Antes de eu publicar o Sei Lá, ele preconizou que seria um grande sucesso. É das pessoas mais sábias que conheço. E é um amigo maravilhoso, sempre alegre e charmoso.”
Nesta tarde cultural, Nelson Motta, que completa 74 anos no dia 29 de outubro, partilhou as suas inspirações, desvendando ainda alguns pormenores do seu processo criativo: “Tornei-me escritor aos 50 anos. A minha mãe dizia que para ser escritor tinha de escrever um romance, e foi o que fiz. O bonito de se escrever é essa possibilidade de surpresa. Temos de ir atrás dos personagens. Nunca fiz planos para os livros. Para mim, escrever é a maior sensação de liberdade.”
Nelson Motta regressa a Portugal para partilhar a “Força Estranha” que o inspira
“Nunca fiz planos para os livros. Escrever é a maior sensação de liberdade.”