
João Lima
À primeira vista, o nome Ana Garcia Martins pode não ser óbvio, mas assim que falamos em A Pipoca Mais Doce “faz-se luz”. É uma das bloggers mais influentes do nosso país – o seu projeto, pioneiro em Portugal, já tem quase 15 anos – e construiu uma família feliz ao lado de Ricardo Martins Pereira (blogger, mais conhecido como O Arrumadinho), da qual fazem parte Mateus, de cinco anos, e Benedita, de quatro meses.
Entre os textos que escreve para o blogue e toda a dinâmica familiar, Ana, de 37 anos, concedeu-nos alguns minutos da sua agitada rotina, para falar sobre a forma como Benedita veio mudar a sua vida, uma vez que nasceu prematura e necessitou de estar 15 dias internada numa incubadora devido a problemas respiratórios e de alimentação. Motivo pelo qual a blogger aceitou, com muito agrado, ser embaixadora das novas fraldas Dodot para prematuros. “Achei que fazia todo o sentido juntar-me à iniciativa solidária, porque tinha passado por esta situação há pouco tempo”, revelou.
– Como foi a sensação de lidar com um bebé prematuro?
Ana Garcia Martins – O Mateus já tinha nascido prematuro, às 34 semanas, mas foi tudo muito tranquilo, porque não precisou de cuidados especiais e veio logo para casa. A Benedita nasceu às 33 semanas, com 2,100 kg, mas ficou internada na unidade de neonatologia do Hospital de Cascais. Foram os 15 dias mais difíceis que já vivi.
– O que é que custou mais?
– Todo o processo é muito duro, o sentimento de voltarmos para casa e o nosso bebé ficar no hospital é muito violento. Só pude pegar na Benedita ao fim de muitos dias, sempre cheia de fios e com tudo a apitar por todo o lado. É uma realidade muito assustadora, para a qual não estava preparada. Sinto um bocadinho que aquelas primeiras semanas me foram roubadas, não pude fazer as coisas normais que uma mãe faz com o seu recém-nascido. Mas, olhando para trás com a devida distância, só posso agradecer por tudo ter corrido bem.
– Sentiu que a família ficou mais unida?
– Acho que sim, até porque se vivem alguns momentos de medo e incerteza. Tudo isto contribui para valorizarmos aquilo que temos, que, se calhar, tendemos a desvalorizar no dia a dia enquanto família. Faz com que olhemos para tudo de uma forma mais positiva.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1216 da revista CARAS.
Assinatura Digital